Menina de 15 anos filma o próprio estupro e acaba com rede de exploração sexual de crianças

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Esquema era comandado pelo alemão Wolfgang Brog, de 75 anos, na Amazônia, com a participação da própria mãe da adolescente

Por Julinho Bittencourt, compartilhado da Revista Fórum




Mãe da vítima e o alemão Wolfgang Brog.Créditos: Reprodução de Vídeo/Montagem

O empresário alemão Wolfgang Brog, de 75 anos, foi denunciado por uma adolescente de 15 anos no Amazonas, após ela filmar o próprio estupro e colocar fim a um ciclo de abusos que sofria desde os 6 anos.

Com a denúncia, a menina conseguiu ainda expor um esquema de exploração sexual de crianças e adolescentes que funcionava na região.

“Eu tinha 6 anos quando ele começou a passar a mão em mim e me abusar. Ele passava a mão em mim quando eu estava dormindo. Ficava com medo”, disse a vítima ao programa Fantástico, da TV Globo.

De acordo com a polícia, a própria mãe da adolescente, além da tia e Wolfgang agiam juntos na exploração da menor.

De acordo com a investigação, o alemão usava os rios da região para transportar outras menores de idade até a pousada Cheiro de Mato, que fica em uma região de mata de Manaus, a cerca de 120 quilômetros da cidade, no meio da floresta amazônica.

Após a denúncia, Wolfgang fugiu para a Alemanha em abril.

Meninas oferecidas aos hóspedes

A delegada Joyce Coelho informou ao programa que as meninas eram oferecidas aos hóspedes. “Ele tinha uma embarcação privada, só para esse transporte”, disse.

Uma outra vítima de Wolfgang foi localizada na semana passada. A mulher, que hoje tem 31 anos, afirma que foi estuprada desde que tinha anos. A irmã dela também foi estuprada aos 11 anos, de acordo com os investigadores.

Wolfgang, casado com sua tia materna, era o principal abusador da menina de 15 anos que o denunciou. Ele começou a apresentá-la como filha.

“Ela (a mãe) enxergou a possibilidade de ganhar dinheiro com a filha com a exploração sexual da adolescente” disse a delegada.

A adolescente gravou um vídeo onde aparece sendo estuprada pelo alemão. Ela era obrigada a usar correntes e algemas.

“Ele mandava vestir saia, salto alto e algema. Ele botava em mim. Às vezes ficava até dolorido na minha mão, ficava com marca da algema”, conta a jovem.

O vídeo serviu como prova para o início das investigações da polícia e, no fim de março, com a ajuda de uma tia paterna, a menina denunciou os abusos.

A mãe chegou a ser presa, mas foi solta pela Justiça na audiência de custódia. Na última quinta-feira (18), ela voltou a ser presa.

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