Neste domingo (9), a Cidade do México testemunhou uma assembleia popular histórica na Praça do Zócalo, a maior da capital, convocada pela presidenta Claudia Sheinbaum.
Do Mídia Ninja, compartilhado de Construir Resistência
O objetivo do encontro foi informar a população sobre a postura do governo mexicano diante da decisão unilateral dos Estados Unidos de aumentar em 25% as tarifas sobre produtos mexicanos.
Diante de uma multidão entusiasmada, Sheinbaum reafirmou o compromisso do México com o respeito, o diálogo e a colaboração com o governo norte-americano, liderado por Donald Trump. No entanto, deixou claro que há limites intransponíveis.
“Não somos extremistas, mas há princípios inegociáveis: não abriremos mão de nossa soberania nem permitiremos que nosso povo seja prejudicado por decisões de governos ou hegemonias estrangeiras”, declarou a presidenta, sob aplausos da plateia.
A líder mexicana também destacou a importância da união nacional neste momento desafiador.
“O México não está sozinho. Estamos juntos, e juntos defenderemos nossos interesses e nossa dignidade”, afirmou.
O discurso de Sheinbaum foi marcado por um tom de firmeza e determinação, culminando em uma declaração emocionada: “Estou disposta a dar a vida pelo México”.
A assembleia no Zócalo não apenas reforçou a posição do governo frente às pressões internacionais, mas também serviu como um chamado à mobilização popular.
A presidenta enfatizou que a resposta às tarifas impostas pelos EUA não será apenas diplomática, mas também econômica, com medidas para fortalecer a produção interna e buscar novos mercados internacionais.
O evento contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade, incluindo líderes sindicais, empresariais e comunitários, que expressaram apoio às ações do governo.
A mensagem foi clara: o México está preparado para defender seus interesses e sua soberania, sem ceder a pressões externas.
Enquanto as tensões comerciais entre os dois países continuam, a assembleia no Zócalo marca um momento decisivo na política externa mexicana, reforçando a ideia de que o diálogo é essencial, mas a soberania nacional é intocável.