Mídia sem crédito

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Por Washington Luiz de Araújo, jornalista – 

Jornalista e escritor colombiano, o Nobel de Literatura Gabriel García Márquez afirmava que a “ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro”. Esta é uma verdade absoluta que, infelizmente, tem sido negada pela chamada grande mídia brasileira. Para usar uma expressão emblemática de Luiz Inácio Lula da Silva, nunca antes neste país a ética foi tão escamoteada pelo jornalismo brasileiro. Pode-se falar da época de Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, pode-se falar da imprensa sabuja da ditadura militar, mas neste momento, ao contrário dos outros, em que havia um mínimo de concorrência, todos estão juntos para dar legitimidade a um governo totalmente ilegítimo e para enxovalhar e esconder as virtudes dos governos Lula e Dilma.




lula olimpiadaVejamos as Olimpíadas. Quem, da grande mídia em poder das seis famílias, deu o devido crédito ao governo Lula por ter propiciado a realização dos jogos no Brasil?  Quem creditou ao governo Dilma o financiamento federal das obras dos grandes ginásios do complexo olímpico e as reformas do Maracanã e do Engenhão?  Um dos itens fundamentais da ética jornalística, o crédito, foi ocultado, pela simples razão de que esta imprensa tem lado, e o lado dela, certamente, não é o do povo.

Quando vemos a judoca Rafaela Silva, em vídeo, declarar seu voto em Dilma, em 2014, devido os projetos daquele governo que beneficiaram os atletas, não vemos esses créditos na mídia tradicional, mas sim na alternativa.  A velha imprensa dá substância para que desavisados afirmem que a moça só se saiu bem em razão de estar no Exército. Mas esquecem-se de que quem possibilitou a ida de atletas para as Forças Armadas foram os governos Lula e Dilma.

Escondem ainda que eles – Lula e Dilma – são os responsáveis pelos projetos de Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, que dão condições para que atletas sem recursos possam treinar e sonhar com projeção.

Assim, todavia, segue a carruagem. Iludidos de que podem falar e esconder o que quiserem, jornalistas da grande mídia deitam e rolam neste momento. Mas a verdade prevalecerá. Podem esses profissionais (se é que assim mereçam ser chamados!) até esconder quem foi o responsável pela realização e organização das Olimpíadas, mas as pessoas saberão, no futuro, dar o crédito a quem de direito. Da mesma forma que quando um editor nega colocar o nome do repórter no topo de uma matéria, a redação toda fica sabendo da injustiça que foi feita. Não há editor mais justo que o tempo.

Vejam neste vídeo de 2009, no momento em que o Brasil conquistou o direito de realizar as Olimpíadas no Rio, como Lula se preocupa em dar crédito a todos, inclusive para muitos que estão hoje do outro lado, do lado do golpe.

Recordem também o discurso de Lula antes do Brasil ser indicado para a Rio2016

 

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