Por Miguel do Rosário, no Cafezinho –
Não há nada melhor neste mundo do que ser amigo da mídia!
O PSDB sofreu uma derrota absolutamente humilhante junto ao TSE, que rejeitou, com unanimidade, uma auditoria nas eleições.
E o que diz a mídia? Que TSE rejeita proposta “mas libera documentos”.
“Mas libera documentos”?
Não tem nada de “mas”!
Não tem nada de “liberar documentos”!
Os documentos “liberados” pelo TSE já eram públicos. Podem ser baixados na internet por qualquer um.
A “novilingua” da mídia permite que os áulicos do PSDB continuem a jogar milho às galinhas cacarejantes da “fraude”, do “impeachment”, da “intervenção militar”.
Bem, ao menos constatamos uma coisa. O PSDB está tentando se desvencilhar da pecha de apoiador de uma intervenção militar, pelo que o parabenizo.
A mídia, nem isso.
Em virtude do apoio que as empresas de mídia emprestaram à “intervenção militar” de 1964 seria tranquilizante que elas rechaçassem, através de editoriais duros e claros, que são absolutamente contra esse tipo de discurso hoje.
William Bonner deveria ler um editorial no Jornal Nacional, deixando claro que a Globo, que inclusive já tentou uma “meia culpa” sobre seu apoio ao golpe de 64, não apoia nenhuma ideia de intervenção militar.
Nada. A mídia brasileira calou-se. E quem cala consente.
Depois reclamam quando são chamados de golpistas.