Ministro da Defesa diz que acionará PGR sobre declaração ‘leviana’ de Gilmar

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Nota assinada pelo ministro e por chefes das 3 forças armadas diz que PGR adotará ‘medidas cabíveis’; Gilmar disse que Exército estava se associando a ‘genocídio’

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três forças armadas disseram, em nota, que vão acionar o procurador-geral da República, Augusto Aras, para “a adoção das medidas cabíveis” após declaração do ministro Gilmar Mendes. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou no sábado (11) que os militares, ao comandarem o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro durante a pandemia, estão “se associando a esse genocídio”.




“O Ministro da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes contra o Exército Brasileiro”, diz a nota.

Segundo o texto, “comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação”. “Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, afirma o ministro da Defesa.

A nota diz ainda que, na atual pandemia, “as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas”.

“Informamos que o MD encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”, completa.

No sábado, em videoconferência organizada pela revista IstoÉ e pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual Gilmar Mendes é sócio-fundador, o ministro do STF disse que “não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde”.

“Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, afirmou.

O general Eduardo Pazuello está como ministro interino da Saúde desde a saída de Nelson Teich, em 15 de maio. Teich ficou menos de um mês no cargo, em meio à pandemia do novo coronavírus. Pazuello levou militares para cargos técnicos do ministério.

Colocar um general à frente do ministério foi a escolha de Jair Bolsonaro depois que Teich e seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, discordaram da posição do presidente contra o isolamento social e em favor do uso da cloroquina contra todos os estágios da covid-19, mesmo sem comprovação científica.

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