Publicado em Bancários Rio –
Na próxima terça-feira (11), a partir da 14 horas, será realizado nas proximidades da sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, no Boulevard Olímpico (Praça Mauá), Centro do Rio, um ato pela liberdade de expressão e contra a criminalização do livre pensamento.
O evento acontece no dia em que o serventuário da Justiça Federal, Roberto Ponciano, também diretor da CUT Rio, convocado pela PF, irá depor em razão de uma investigação por possíveis crimes de injuria, ameaça e incitação ao crime contra o juiz Sérgio Moro.
Ponciano, que é filósofo, tem escrito artigos em blogs de opinião e mídias sociais em que questiona de forma critica os procedimentos da Operação Lava Jato, que segundo ele atua com extrema seletividade ao perseguir líderes e integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT), como José Dirceu, Lula, entre outros, e, principalmente, de como o juiz Sergio Moro conduz depoimentos e julgamentos.
“Ele me enviaram junto com o Mandado de Intimação uma portaria assinada pelo delegado Marcio Adriano Anselmo que na verdade é uma lei penal em branco, coisa típica de uma ditadura, que trata sobre injúria, difamação e em até ameaça de morte. Poxa, eu não sei como posso ameaçar um juiz federal de morte, sendo eu próprio um servidor da Justiça Federal. Não porto arma, não faço parte de grupo armado e não incito violência. Então, a única coisa que tenho contra o juiz Moro, e coloco isso de forma democrática em meus textos, são críticas que muitos analistas políticos, especialistas jurídicos e outras pessoas fazem a partir da forma como ele atua na Lava Jato” – explica Roberto Ponciano em entrevista ao Blog ‘O Cafezinho’.
O ‘Ato contra o Estado de Exceção e contra o “crime” de Pensar’ também tem por objetivo prestar solidariedade ao petroleiro e sindicalista Emanuel Cancella, autor do livro ‘A Outra Face de Sergio’, obra que critica os efeitos da Lava Jato na Petrobrás e cadeia produtiva do petróleo e ao blogueiro Eduardo Guimarães, editor do Blog da Cidadania também investigados e processados por suposto crime de opinião contra o juiz Sergio Moro e obstrução dos trabalhos da Operação Lava Jato, respectivamente.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias – APN