EDITORIAL BEMBLOGADO –
Vários ditados populares, hoje em São Paulo, só nos trazem água na boca. Quando há ainda saliva, pois estamos mais para engolir em seco.
Desde 2004 foi chover no molhado alertar ao governador atual e, infelizmente, eleito de que era preciso investir mais em reservatórios e irrigar menos os bolsos dos acionistas da Sabesp.
Sabedor de que tinha parte do povo e da imprensa sob o mesmo guarda-chuva, Alckmin preferiu jogar a responsabilidade nas costas de São Pedro.
E este mandatário mandou bem. Mandou bem para os bolsos, enquanto os reservatórios secavam. Foi tão esperto que arrumou até uma presidenta para a Sabesp como o nome de Dilma. Dilma Pena. Que pena que não é a Rousseff.
Fosse esta, o planejamento teria sido feito e a fonte não teria secado tão cedo.
Alguns desavisados ainda acusam a presidenta do Brasil, quando leem que a Dilma Pena diz que foi ao Itororó beber água e não achou.
Pois é, mas voltando ao líquido e nem tão certo, dá até saudades de ditos populares que nem eram tão positivos antigamente, como chover no pic-nic, colocar água no moinho do adversário, botar água no chope ou no leite.
Quem diria? Nem o velho e bom “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” tem furado a consciência de uma população que prefere ficar sem tomar banho, correr o risco de ficar com sede, de arriscar a vida com o volume morto a se convencer de que este partido que está no poder no Estado de São Paulo merece perder de lavada.
Vamos esperar que a população enxague um pouco o pensamento e não vote no candidato a presidência deste partido que prefere chover nos bolsos próprios e de acinostas a encher os reservatórios do povo.
E vou parar por aqui, pois este assunto já me deu sede de ressecado.
Regando sentimentos
Mas, para encerrar, só para lembrar do precioso líquido, seguem abaixo vídeos com Tom Jobim cantando de sua parceria com Vinicius de Moraes, “Agua de beber”. Aliás, a dupla bebia muita água. Água que passarinho não bebe.
Regando um pouco mais nossos sentimentos, “Água de Março” e “Chovendo na Roseira”, ambas de Tom, cantadas por Elis.
Vamos brindar, nem que seja com champanhe.
