Por Luis Felipe Miguel, via João Lopes no Facebook –
A nova denúncia que o juiz Moro aceitou contra Lula consiste no seguinte: a Odebrecht comprou um terreno para nele construir a sede do Instituto Lula.
É bem verdade que o terreno não foi comprado pela Odebrecht, mas por outra empresa. E nele não está sendo construída a sede do Instituto Lula, mas uma revenda de automóveis.
Para o juiz Moro, nada disso tem importância. Teria havido uma intenção de propina, mesmo que não concretizada, pois o terreno poderia ter sido mesmo comprado para que a sede do instituto nele fosse construída. Foi dito que alguém, em algum momento, pensou nisso – e esse pensar já basta para a denúncia.
Não sou jurista, mas como leigo creio que mesmo que se possa provar tal intenção, o que está longe de ser o caso, intenção não é crime.E há uma coisa que está fora de dúvida.
Contra Lula, o juiz do Paraná até agora não conseguiu mais do que denúncias de propinas imaginadas ou abortadas: o apartamento que ia ser mas não foi, o terreno idem, assim por diante. Mesmo assim, ele segue numa perseguição sem tréguas.
Contra seus amigos do PSDB, há fartura de evidências de corrupção efetiva: dinheiro passando de mão para mão, depósitos, cheques. Mas, diante deles, o justiceiro implacável se transmuta no inofensivo e sorridente conviva de jantares.