Adriana Dias, a primeira pesquisadora que demonstrou a existência de vínculos entre Jair Bolsonaro e grupos neonazistas no Brasil, morreu neste domingo (29) em decorrência de um câncer cerebral.
Por Fernando Miller, compartilhado de DCM
Na foto: A antropóloga Adriana Dias, morta neste domingo (29). Acervo Pessoa
Ela era uma das maiores especialistas do país no estudo da extrema-direita. Antropóloga, Mestre e Doutora em Antropologia Social pela Universidade de Campinas, ela era pesquisadora também de temas correlatos à deficiência, direitos humanos e mídia social e membro da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da American Anthropological Association (AAA).
Nas redes sociais, diversos formadores de opinião do campo progressista lamentaram a perda:
A Adriana Dias (@dias_adriana) é uma força da natureza. Fez o maior mapeamento de grupos neonazistas do Brasil, mostrando para a opinião pública brasileira o tamanho do problema. É um dos grandes nomes do país na área de doenças raras e na militância pela pessoa com deficiência.
— Leonardo Rossatto (@nadanovonofront) January 29, 2023
Hoje perdemos uma das maiores pesquisadoras que o Brasil já teve, a Adriana Dias. Além do pioneirismo de sua pesquisa sobre o neonazismo no Brasil, Adriana prestou um serviço para a democracia e sociedade que são inestimáveis. Não tive a chance de conhecer a @dias_adriana + pic.twitter.com/lhcJwqRQTe
— judz (@nietzsche4speed) January 29, 2023
Não era próximo de Adriana Dias. Conheci ela através da excelente entrevista do Leandro Demori no Intercept. Ela participou de algumas lives comigo e era próxima do meu amigo Fernando Drummond. Sempre respeitei e citei seu trabalho de mapeamento, enquanto tentava mapeava também. pic.twitter.com/EL18Eo4oy0
— Pedro Zambarda (@pedrosolidus) January 29, 2023