“Foi baleado pelo Exército, foi levado para hospital estadual sem condições de realizar todos os procedimentos e foi impedido de ser atendido em outro hospital”, afirmou a advogada da família
Evaldo transportava a esposa, o sogro e duas crianças para um chá de bebê quando seu veículo foi alvejado pelos militares. Nove de um total de 12 envolvidos estão presos. Macedo tentou ajudar a família e acabou ferido pelos tiros. Ele estava internado há 11 dias no hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na zona norte do Rio.
Segundo informações do UOL, a família de Macedo havia obtido na Justiça duas ordens para que ele fosse transferido de unidade de atendimento. A última delas determinava que o catador fosse encaminhado para um hospital privado e tivesse as despesas médicas custeadas pelo governo
Macedo, contudo, foi submetido a cirurgia de emergência, o que inviabilizou o cumprimento das decisões judiciais. A defesa reclamou que seu estado de saúde “passou de grave para crítico, após o procedimento cirúrgico”.
“Foi baleado pelo Exército, foi levado para hospital estadual sem condições de realizar todos os procedimentos necessários e foi impedido de ser atendido em hospital municipal por falta de vagas”, afirmou a advogada Maria Isabel Tancredo.
Em nota, a “Secretaria de Saúde informou que Macedo foi submetido na tarde de ontem a uma cirurgia torácica bem-sucedida e que o paciente não teria condições de ser transferido devido ao quadro de saúde gravíssimo”, anotou o UOL.
O sogro de Evaldo, que também foi ferido, continua internado. Seu estado de saúde é estável.