Morre Olivia de Havilland, última sobrevivente da Hollywood clássica

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Compartilhado de El País – 

Atriz de ‘E o Vento Levou’, que vivia em Paris desde os anos 1960, morreu aos 104 anos

Olivia de Havilland (1940).
Olivia de Havilland (1940).

Só ela ficou, a última sobrevivente do cinema clássico de Hollywood. Neste domingo, faleceu aos 104 anos Olivia de Havilland, atriz britânica-americana que participou de memoráveis filmes das décadas de 1930 e 1940, como E o Vento Levou, no qual ela interpretou o papel de Malania. Irmã da também atriz Joan Fontaine, que morreu em 2013, com quem passou grande parte de sua vida em desacordo, De Havilland residia discretamente em Paris desde os anos 1960. Ao longo de sua carreira, a intérprete participou de títulos icônicos como As aventuras de Robin HoodNinho de Víboras e Tarde Demais. A notícia de sua morte foi confirmada por sua ex-advogada Suzelle M. Smith à revista Variety. “Ontem à noite, o mundo perdeu um tesouro internacional e eu perdi uma amiga e cliente querida. Ela morreu pacificamente em Paris”.

Nascida em Tóquio em 1º de julho de 1916, De Havilland era filha de um advogado britânico residente no Japão e Lilian Fontaine, também britânica, atriz como suas duas filhas. A intérprete morreu na capital da França, “o único país em que realmente me sinto em casa”, como costumava dizer. Por ocasião do seu 104º aniversário, em 1º de julho, a revista Paris Match lembrou que a estrela de Hollywood se casou em 1955 com um de seus repórteres, Pierre Galante, com quem teve sua filha Gisèle, também jornalista da revista. Parisiense. Uma década depois, em 1965, ela se tornou a primeira mulher a presidir o festival de Cannes.




O casal se separou em 1962, mas não se divorciou até 1979. Mesmo assim, lembrou o Paris Match, eles permaneceram muito próximos até a morte do jornalista em 1998, aos 88 anos. De Havilland continuou morando em um apartamento de luxo na rua Benouville, no centro de Paris.

No auge de sua fama, na década de 1940, de Havilland ganhou dois Oscars, o primeiro em 1946 por Só resta uma Lágrima e três anos depois por seu papel em Tarde Demais. Atualmente, ela foi a última sobrevivente do elenco de E o Vento Levou e também a última representante do cinema clássico de Hollywood após a morte de Kirk Douglas, aos 102 anos em fevereiro passado. Durante sua carreira de atriz, ela colocou os grandes estúdios de Hollywood em cheque, levando Warner ao tribunal para lutar pelo direito dos atores de negociar melhores contratos.

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