Ela foi campeã pela primeira vez no Império Serrano, em 1982, com “Bum bum paticumbum prugurundum”, e não parou mais
Por Julinho Bittencourt, compartilhado de Fórum
Morreu na noite desta quinta-feira (25), aos 77 anos, Rosa Magalhães, a carnavalesca com mais títulos no Sambódromo do Rio de Janeiro. Ela, que colecionou sete títulos na avenida, foi vítima de um infarto e não resistiu.
Rosa começou sua carreira no Salgueiro como assistente, em 1970, e já no ano seguinte a escola foi campeão. Seu primeiro título como carnavalesca foi em 1982, pelo Império Serrano, quando venceu ao lado de Lícia Lacerda com “Bum bum paticumbum prugurundum”.
A dupla ainda conseguiu um quarto lugar em 1982, quando sacudiu a Marques de Sapucaí com com “Ti-ti-ti do sapoti”.
Com a morte de Viriato Ferreira, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense e conquistou cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).
Seu último título foi em 2013, na Unidos de Vila Isabel. Em 2023, Rosa conquistou o oitavo lugar no Paraíso do Tuiuti.
Trabalhos fora do carnaval
Mas os prêmios de Rosa não se limitaram ao carnaval. Em 2007, ela venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Já em 2016, a carnavalesca foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio.
Ela também foi cenógrafa de várias novelas e séries da TV Globo.
Ela era artista plástica formada, com graduações em pintura, cenografia e indumentária. Rosa também foi professora da Escola de Belas Artes da UFRJ e entrou para o mundo do samba em 1970, levada para o Salgueiro pelas mãos do então professor Fernando Pamplona.
Rosa foi tricampeã do carnaval pela Imperatriz de 1999 a 2001. Seu amigo e parceiro no Salgueiro, o carnavalesco Joãosinho Trinta conquistou nove título em três escolas diferentes, mas apenas dois bicampeonatos pela Beija-Flor.
Rosa Magalhães costumava dizer que “carnaval é uma cachaça. Mas daquela bem boa, lá de Paraty”.
Com informações do g1