Mulheres vão às ruas em todo o país contra violência e por direitos

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Por Camila Maciel e Ludmilla Souza da Agência Brasil, publicado em Brasil 247 – 

Protestos marcaram o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, em várias cidades do Brasil nesta quarta-feira, como São Paulo, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, entre outras; elas foram às ruas contra a violência, o preconceito, em defesa da liberdade, contra a perda de direitos na reforma da Previdência e também pelo ‘Fora, Temer’

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mulheres foram às ruas de São Paulo nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para celebrar e manifestar. Dois protestos partiram de locais diferentes, um da Praça da Sé e outro do Museu de Arte de São Paulo (Masp), mas se encontraram no centro da capital, reunindo cerca de 30 mil pessoas, segundo a organização. A Polícia Militar não indicou o número de participantes. Os protestos se posicionaram contra as propostas de reforma da Previdência e trabalhista, além da violência, o machismo e a favor da legalização do aborto.




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“Além da questão da violência e da legalização do aborto, outra violência contra a classe trabalhadora é, em especial, a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] 287 [que trata da Previdência]”, disse Juneia Batista, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Especial da Previdência Social do governo federal informou, por meio da assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre os protestos.

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O ato na Sé teve início após a Assembleia das Trabalhadoras Cutistas contra a Reforma da Previdência, que foi realizada em frente ao prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Viaduto Santa Efigênia. No Masp, na Avenida Paulista, professores da rede estadual também fizeram assembleia antes de sair em caminhada. A atividade teve como propósito mobilizar professores para uma greve geral da educação anunciada para este mês.

A estudante Mariane Garcia, 20 anos, da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), resolveu apoiar o ato dos professores no Masp. “Nós visamos a qualidade educacional neste dia das mulheres. As professoras precisam ser mais valorizadas”, avaliou. Eliane Vendranmetro, do Sindicato dos Especialistas da Educação de São Paulo, participou da concentração na Praça da Sé e, para ela, não há o que comemorar neste dia. “Estamos atravessando um período de muitas perdas com a reforma [da Previdência] e o prejuízo maior é das mulheres”, opinou.

O ato no Masp foi também convocado pelas redes sociais por coletivos feministas como parte de uma mobilização internacional chamada 8M. “Este é um movimento internacional de greve de mulheres, uma iniciativa que começou com as mulheres da Argentina, o [movimento] Nenhuma a Menos, e que se somou ao movimento nos Estados Unidos contra [o presidente Donald] Trump. Isso porque a violência é um problema mundial e que se soma a um problema social”, explicou Ana Pagu, do Movimento Mulheres em Luta, uma das organizações que compõe o 8M no Brasil.

Diversidade

A indígena Mbo’ Y Jegua’i, da tribo Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, participou do ato em São Paulo. “A nossa vinda para cá é para denunciar o genocídio contra o povo indígena e, principalmente, contra as nossas mulheres”, justificou.

A ajudante de serviços gerais Eronilde Mendes foi ao ato com as duas netas. “Vim ao ato para protestar pela reforma da Previdência e pela luta contra discriminação às lésbicas. Minhas netas vieram representar a mãe, que é lésbica, e por isso acho que não podemos perder nossos direitos e liberdade”, disse.

A arquiteta Maria Raquel Rangel, 28 anos, participa de um grupo de estudos feminista de psicologia e acredita que o 8 de março é um momento ápice de expressão das mulheres. “O movimento feminista está dentro da gente. E é o momento para colocar para fora, porque tudo pede essa mobilização: acabar com a violência, acabar com as mortes”, defendeu.

Também era possível perceber a presença de muitos homens no ato. Foi o caso do professor aposentado Ênio Buckione que acompanhou a esposa Deise Maria Santos Aguiar. Para ele, “o 8 março no Brasil se encaixa nesse quadro de luta contra a reforma da Previdência e de resistência”.

Em Brasília, mulheres marcham e pedem respeito aos direitos conquistados

Ivan Richard Esposito – No Dia Internacional da Mulher, o grito forte pelo fim da violência e pela igualdade marcou as comemorações relativas à data em Brasília. Mais de 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, na maioria delas mulheres com roupas, lenços e bandeiras na cor roxa, marcharam pela Esplanada dos Ministérios em um ato contra o machismo e a misoginia e a favor dos direitos conquistados historicamente. Homens e crianças também participaram da caminhada.

Em um período marcado pelo aumento da violência contra a mulher no país, mais de 40 organizações feministas, movimentos sociais e partidos políticos convocaram a sociedade para fazer da data um momento de “luta contra a ameaça a direitos”.

“Hoje é um dia inteiro de luta contra as injustiças, principalmente as cometidas contras as mulheres”, disse à Agência Brasil a servidora pública aposentada Maria Antônia Dal Bello, de 66 anos. “Hoje, não é dia de nenhuma comemoração. O que temos a comemorar quando 12 mulheres são assassinadas por dia no país e quando uma mulher é estuprada a cada 11 minutos? Com esses dados de violência não temos o que comemorar, mas lutar”, acrescentou.

A aposentada ressaltou ainda a importância de as mulheres se unirem e brigarem por seus direitos, independente da idade. “Tenho mais de 60 anos de luta. Aposentei-me do trabalho, mas não da luta”, disse.

Já a antropóloga Ana Pareschi fez questão de levar as filhas de 11 e 5 anos, que estavam nas escola no período da tarde, para participarem da manifestação. “É um momento histórico de luta das mulheres e político. [Luta] contra todas as reformas que retiram direitos. Hoje, temos que comemorar, mas muito mais que lutar”, disse. Sobre a decisão de tirar as filhas das atividades escolares para participar do ato, ela avaliou que isso fará com que as meninas tornem-se cidadãs mais “politizadas” e “conscientes”. “É uma aula de história. É a história acontecendo”.

A marcha, iniciada no Museu da República, próximo à Rodoviária, deslocou-se até as proximidades do Congresso Nacional com gritos de ordem contra a classe política. Ao longo do percurso, um cordão de isolamento formado apenas por policiais femininas separou a passeata do fluxo de carros. A mobilização foi encerrada por volta das 20h.

Assim como em vários estados do país, as mobilizações do Dia Internacional da Mulher no Distrito Federal foram marcadas também por paralisações para chamar atenção da luta pela igualdade. Nas redes sociais, sob o lema #grevedemulheres, os atos foram registradas em mais de 46 países. Em toda a América Latina, também foi utilizada a hashtag #Niunaamenos (Nem Uma A Menos), que chama atenção para a violência de gênero.

Marcha pede no Rio fim da violência contra a mulher

Akemi Nitahara – Homens e mulheres ocuparam no início da noite desta quarta-feira a Avenida Rio Branco, no centro do Rio, na marcha que integrou o movimento mundial do Dia Internacional da Mulher. Intervenções teatrais, batuques e pernas-de-pau animaram a passeata.

Como muitos balões e faixas nas cores roxa e lilás, que identificam o movimento, a passeata saiu da Igreja da Candelária por volta de 18h30, com palavras de ordem como “Legaliza, o corpo é nosso, é nossa escolha, é pela vida das mulheres”, “Se liga, seu machista, a América Latina vai ser toda feminista” e “A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer”. Também houve protestos contra a reforma da Previdência e os governos federal e deo Rio de Janeiro.

A presidenta estadual da União Brasileira de Mulheres (UBM), Ana Targino, disse que o movimento feminista internacional intensificou-se com a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, após uma campanha marcada por declarações machistas, misóginas e segregacionistas. Para Ana, no Brasil, há retrocesso em políticas específicas.

“Perdemos o Ministério da Mulher, que virou uma secretaria do Ministério da Justiça.” Ana criticou também as proposta de reforma trabalhista e da Previdência, que, segundo ela, atingem diretamente as mulheres.

A advogada Mônica Müller levou a filha Rosa, de 4 meses, para a manifestação, junto com outras amigas mães e seus bebês. Ela diz que todas as mulheres devem participar da luta. “É muito difícil para a mulher trabalhar e ser mãe, o machismo é muito forte, então é duplamente importante as mães com os bebês representando essa luta. A Rosa é o futuro da humanidade (…). É a primeira manifestação dela, vou trazê-la em muitas outras manifestações. Que esse bebês sejam a consciência para um 8 de março melhor para as mulheres no mundo todo.”

Racismo

Integrante do Fórum de Mulheres Negras, Luciene Lacerda defende um movimento diferenciado para as mulheres negras. “Além da objetificação que colocam historicamente nas mulheres negras, as políticas públicas que podem ser retiradas atingem principalmente a nós.”

Luciene informou que, de 6 a 27 deste mês, o fórum promove a campanha 21 Dias de Ativismo contra o Racismo, abrangendo o Dia Internacional da Mulher e o Dia Internacional pela Eliminação do Racismo (21 de março). A data foi instituída pelas Nações Unidas no 21 de março após massacre de Chaperville, na África do Sul, na época do apartheid. Segundo Luciene, o objetivo é não deixar as discussões sobre o racismo restritas às comemorações do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

A marcha passou em frente à Assembleia Legislativa (Alerj) e terminou na Praça 15, que ficou completamente cheia, por volta das 20h30.

Marcha das mulheres ocupa as ruas do centro do Recife

Sumaia Villela – No Dia Internacional da Mulher, as pernambucanas marcharam nesta tarde pelas ruas do Recife, em apoio à greve decretada em vários países por direitos iguais, contra a violência, o racismo, a eforma da Previdência e outras questões que atingem diretamente a população feminina.

A caminhada começou no Parque 13 de Maio e foi em direção à Praça do Derby por volta de 17h. Muitas faixas traziam mensagens contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional, e com críticas ao governo.

Uma das organizadoras do ato, a técnica em Segurança do Trabalho Ana Lúcia Ferreira do Nascimento, de 52 anos, afirma que a equiparação em tempo de serviço e idade para aposentadoria entre homens e mulheres quer nivelar uma condição que, na prática, é desigual. “Nós, mulheres, somos as mais afetadas. Trabalhamos mais e recebemos menos. Temos jornadas duplas: as mulheres que estão aqui, quando voltarem para casa, vão trabalhar, porque a gente é quem cuida dos filhos, da casa.”

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada segunda-feira (6) mostra que há uma diferença entre os salários de mulheres e homens que exercem a mesma função. A maior disparidade é para as mulheres negras, que recebem 60% a menos que os homens brancos. O estudo também mostra que mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais por semana do que homens por causa dos afazeres domésticos, que ainda não são divididos de forma igual.

Ana Maria Carneiro, de 34 anos, psicóloga e integrante do Coletivo Antiproibicionista de Pernambuco, considera a reforma “ruim para homens e mulheres”. Ela cita também outras pautas importantes, citadas em cartazes, pinturas no corpo e discursos durante o ato. “Viemos falar sobre as mulheres que estão presas principalmente por causa do tráfico de drogas, sobre as travestis, as trans, além de defender a liberdade sobre o próprio corpo.” Outras demandas são acabar com as diferenças no mercado de trabalho e a igualdade de direitos, que, segundo Ana Maria, hoje é “completamente falsa”.

Contra o racismo

A luta contra o racismo também mobilizou as participantes da manifestação. Algumas faixas traziam mensagens como: “Em Pernambuco, 54% das mortes são de negras” e “A violência obstétrica mata mais negras”.

Vera Baroni, de 71 anos, integrantes dos coletivos Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco e a Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco. Ela diz que o racismo afeta a todos – autores e vítimas – e que se expressa de diversas formas no cotidiano das mulheres negras. “O racismo tem muitas caras, nem sei dizer onde nos atinge mais. Só sei que ele nos faz muito mal. Nos faz adoecer, nos tira a dignidade, nos inviabiliza, nega a nossa contribuição para a formação do país.”

Mulheres de outras organizações religiosas também participaram do ato, tanto católicas como protestantes. A Frente de Evangélicas/os pelo Estado de Direito carregava uma faixa com a frase “nenhum direito a menos”. A assistente social Renata Lopes, de 24 anos, falou sobre demandas das mulheres que enfrentam resistência entre parlamentares e organizações religiosas, como a legalização do aborto. “A Igreja precisa discutir isso. A pauta que a bancada religiosa traz é a favor da vida, mas as mulheres também morrem pelo aborto. Nossa proposta é iniciar a discussão e mostrar essa contradição.”

Mulheres em Salvador marcham contra o machismo, violência e transfobia

Sayonara Moreno – Para denunciar a violência, o machismo e diferenças salariais entre gêneros, centenas de mulheres fizeram hoje (8) uma passeata pelas ruas do Centro de Salvador. A concentração ocorreu na Praça da Piedade, de onde elas saíram pintadas, segurando faixas, cartazes e microfones, que lhes davam voz contra a cultura do estupro, o racismo, a homofobia e, sobretudo, a violência física e psícológica contra as mulheres.

A passeata foi convocada nas redes sociais. De acordo com a Polícia Militar, que acompanhou o percurso, cerca de mil mulheres participaram do movimento. Quase cem entidades representativas, entre coletivos, escolas e instituições fizeram parte do ato.

“Hoje não é dia de comemorar, é dia de muita luta, de ir para rua reivindicar os nossos direitos. O nosso compromisso em construir o feminismo vem disso, de entender que a mobilização do nosso país depende de uma mobilização massiva das mulheres trabalhadoras para que façamos as mudanças necessárias”, destaca a estudante Maria Uzeda, representante do Levante Popular da Juventude.

Representando as mulheres negras, a funcionária pública Suely Santos participou do ato vestindo a camisa da Rede Mulheres Negras da Bahia. Ela explica que, ainda que as mulheres tenham bandeiras em comum, cada grupo tem demandas diferentes que fazem parte de uma interseccionalidade. As negras, por exemplo, “estão muitos passos atrás” das mulheres não-negras, em termos de reconhecimento e valorização.

“Se tratarmos da relação de trabalho, percebemos que a grande referência de trabalho da mulher negra é o trabalho doméstico, [a mulher negra] ainda é uma categoria que precisa de reparação, que precisa de direitos reconhecidos. São questões fundamentais que mexem com estética, com o empoderamento e com a apropriação cultural”, comentou a militante.

Outro tema levantado durante a manifestação foi a importância da denúncia contra os diversos tipos de violência e o fim desse ciclo. A cabeleireira Rosimerie Lopes veio da cidade de Feira de Santana – cerca de 100 quilômetros de Salvador – para participar da manifestação. Antes de sair às ruas, ela contou às presentes que começou na luta contra a violência há cerca de quatro anos, quando deu fim a um relacionamento abusivo de 16 anos, no qual o marido a ofendia, xingava e violentava psicologicamente. Ela ainda conta que o próprio filho notou que a mãe estava desenvolvendo depressão por conta das ofensas e brigas. Só assim, procurou ajuda e passou a frequentar a casa de apoio à mulher, na cidade dela.

“Eu estava destruindo a vida dos meus filhos e a minha também. Comecei a me interessar e conheci a história de Maria da Penha e soube meus direitos. Eu só sabia cantar quando era xingada, para que meus filhos não escutassem, era muito doloroso. Eu procuro que as mulheres se conheçam porque quero que elas se perguntem se é justo com elas aquilo que elas estão passando, porque eu fiz isso”, disse.

Transfobia

Outro grupo também presente na manifestação foi o das lésbicas, bissexuais e transexuais. A coordenadora da Marcha das Vadias, Sandra Muñoz, explica que, até mesmo a sexualidade das mulheres é utilizada como justificativa para a violência que elas sofrem. Sandra, no entanto, ressalta a importância da parceria e apoio entre as mulheres, que se ajudam e se cuidam.

“Violência a gente passa só por ser mulher, mas também por transfobia. É um absurdo Dandara morrer apedrejada do jeito que foi e ninguém fazer nada ou nem se levantar por aquela mulher. Pensa-se que para ser mulher, tem que ter vagina e isso não é necessário. Precisamos respeitar a sigla LGBT, porque pagamos impostos igualmente. Não devemos ser julgadas por amarmos outra mulher”, argumenta Sandra, em referência ao caso da transexual Dandara, que foi espancada e morta no início deste ano em Fortaleza.

Carregando uma placa com os dizeres “Dandara Presente/Visibilidade Trans”, estava a psicóloga Ariane Sena, representando as mulheres transexuais e transgêneros. Ela conta que não pode deixar que a violência sofrida pela transexual Dandara, no Ceará, seja esquecida, porque isso “acontece todos os dias com as mulheres trans, que são espancadas e violentadas em nome do machismo”.

“Vim representar e reforçar que as mulheres trans também são mulheres. Aqui tem uma diversidade de mulheres e isso que é importante. A gente não pode negar e nem maquiar a violência contra nenhuma de nós, inclusive o feminicídio. A morte de Dandara foi um ato de transfobia que não pode ficar impune”, disse a psicóloga, que é transexual.

A manifestação seguiu pela Avenida Sete de Setembro, onde as mulheres realizaram intervenções artísticas de cunho político e feminista. A questão política foi lembrada na maior parte dos cartazes e faixas, sobretudo críticas ao governo federal e à reforma da Previdência. Todas as mulheres seguiram para a região do comércio, na Cidade Baixa, onde um minitrio aguardava a chegada delas, em frente ao edifício da Previdência Social. Músicas e apresentações cênicas também fizeram parte do ato do Dia Internacional da Mulher.

Greve de professores

Antes do ato, servidores ligados ao Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife decidiram, assembleia no local, entrar em greve no dia 15 deste mês, unindo-se a um movimento nacional em respeito ao piso nacional do magistério e contra a reforma da Previdência. “Os professores vão praticamente perder o direito de se aposentar. Trabalhar 20 anos já torna a nossa vida insalubre. Com a [proposta de] reforma, a professora, que hoje se aposenta aos 50 anos, vai passar a se aposentar aos 65. Isso vai fazer cair a qualidade da educação”, afirma Simone Fontana, coordenadora-geral do sindicato.

Foto: Tuane Fernandes / Mídia NINJA

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