Museu de Arte do Rio inaugura exposição ‘Funk: Um grito de ousadia e liberdade’

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Exposição articula história do funk, para além da sonoridade, evidenciando a matriz cultural urbana e periférica

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mar funk
Obras “Tá ok” (2023), de Bruno Lyfe, e “Vivo de janeiro a janeiro, não só em dezembro” (2021), de Hebert – Divulgação

O Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, inaugurou na última sexta-feira (29) a exposição Funk: Um grito de ousadia e liberdade. A principal mostra do ano do MAR perpassa os contextos do funk carioca através da história.

A temática da exposição apresenta e articula a história do funk, para além da sua sonoridade, também evidenciando a matriz cultural urbana, periférica, a sua dimensão coreográfica, as suas comunidades, os seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos ao imaginário que em torno dele foi constituído.

A exposição conta com duas salas. A primeira sala é sobre o soul, movimento de músicas importadas dos anos 70 e 80, que ganhou repercussão no Brasil e, é claro, influenciou o consumo também de roupas, sapatos, cabelos…a estética que vira consumo. Já a segunda sala é toda dedicada ao baile de favela, que hoje constitui, talvez, uma das maiores forças de produção artística carioca e nacional.

A abordagem se estende, ainda, à presença do funk nas mais variadas dimensões e práticas culturais, com especial atenção ao campo das artes visuais contemporâneas, para as quais o funk foi uma referência de visualidade, de resistência política, de alteridade e de forma.

Objetos próprios da história do estilo musical são combinados a uma profusão audiovisual de sons, vozes e gestos, bem como atravessados por uma iconografia relacionada ao funk, de modo a convidar o público da cidade a experimentar sua história como uma das mais potentes formas de imaginar e singularizar o Rio de Janeiro.

Para o MAR, essa é uma exposição carregada de significados que dialogam com a história da cidade do Rio de Janeiro. Segundo o MAR, levar o funk para dentro do museu é reconhecer que ele já ganhou o mundo ao ter se internacionalizado como estilo musical que dialoga com muitas vozes e representa nossa cultura diversa, inquieta, ousada e livre.

A exposição é dividida em 11 núcleos e conta com mais de 900 itens. Entre os mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros que participam da exposição, estão Herbert, Vincent Rosenblatt, Blecaute, Gê Vianna, Manuela Navas, Maxwell Alexandre, Fotogracria, Emerson Rocha, Panmela Castro, Bruno Lyfe, entre outros. O público poderá interagir com algumas instalações, ouvir músicas, dançar e ler textos que contam a história do ritmo musical pelas duas salas do pavilhão de exposições. A expografia é assinada pelo Estúdio Gru.a.

Serviço

Local: Museu de Arte do Rio (MAR) Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro 

Encerramento da exposição: julho de 2024

Visitação: de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)

Para consultar preços de ingressos, clique aqui.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda

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