Na camiseta de soldado de Israel, uma grávida palestina e a inscrição: ‘Um tiro, duas mortes’

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Reportagem do principal jornal de Israel denunciam que soldados do exército de Israel usam camisetas com desumanização dos palestinos — e isso há muito tempo,

POR ANTONIO MELLO, compartilhado da Revista Fórum




Na camiseta de soldado de Israel, uma grávida palestina e a inscrição: 'Um tiro, duas mortes'
Print de página do Haaretz

Esta é uma das camisetas usadas por jovens soldados da IDF (Israel Defense Forces). Há outros modelitos, que você pode conferir na reportagem 

A denúncia não é de nenhuma publicação antissionista, antissemita ou anti-Israel. Está no Haaretz, principal jornal de Israel, como mostra a imagem. Foi feita em 2009, quando o governo de Israel não estava tomado pela extrema-direita como hoje.

As camisetas, encomendadas pelas tropas para marcar o fim do treinamento básico e de outros cursos militares, foram usadas por vários homens alistados em diferentes unidades, informou o Haaretz no fim de semana. Eles não foram feitos ou sancionados pelos militares.

Uma delas retrata uma criança na mira de um rifle com o slogan: “Quanto menores eles são, mais difícil é”, dizia uma das camisetas. Outro mostra uma mulher grávida na mira e as palavras “1 Shot 2 Kills”. Outros retratam um soldado explodindo uma mesquita e mulheres palestinas chorando sobre uma lápide.

Bebês mortos, mães chorando nos túmulos de seus filhos, uma arma apontada para uma criança e mesquitas bombardeadas – estes são alguns exemplos das imagens que os soldados das Forças de Defesa de Israel projetam hoje em dia para imprimir em camisetas que encomendam para marcar o fim do treinamento, ou de serviço de campo. Os slogans que acompanham os desenhos também não são exatamente anêmicos: uma camiseta para atiradores de infantaria traz a inscrição “É melhor usar Durex”, ao lado da foto de um bebê palestino morto, com sua mãe chorando e um ursinho de pelúcia ao lado dele. Uma camiseta de atirador do batalhão Shaked da Brigada Givati ??mostra uma mulher palestina grávida com um alvo sobreposto na barriga, com o slogan, em inglês, “1 tiro, 2 mortes”. Uma camisa de “formatura” para aqueles que concluíram outro curso de atiradores de elite retrata um bebê palestino, que se transforma em um menino combativo e depois em um adulto armado, com a inscrição: “Não importa como comece, vamos acabar com logo isso.”

A fábrica de Tel Aviv que confeccionou muitas dessas camisetas, a Adiv, recusou-se a comentar.

“Mau gosto”. Só?

“As camisas não estão de acordo com os valores das FDI e são simplesmente de mau gosto”, disse o exército em comunicado. “Esse tipo de humor é impróprio e deve ser condenado”.

O comunicado dizia que ações disciplinares seriam tomadas contra os soldados que vestissem as camisetas.

Mas o que vimos de lá para cá, nesses 14 anos, é o aumento da violência contra os palestinos. No processo de desumanização a que são submetidos, a ponto de serem tratados hoje por ministro de estado de Israel como”animais humanos”.

O resultado disso tudo o mundo está assistindo agora com o genocídio dos palestinos praticado por Israel sendo transmitido pelas redes. On time.

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