Plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes foi todo elaborado ao redor do ex-presidente; internet pede sua prisão
Por Julinho Bittencourt, compartilhado por Fórum
O plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estava no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A reunião para a execução dos crimes foi discutida na residência do general Braga Netto, então candidato a vice na chapa já derrotada de Bolsonaro, em 12 de novembro de 2022. A informação foi confirmada aos investigadores da Polícia Federal pelo próprio Mauro Cid.
Nesta terça-feira (19), a PF deflagrou operação e prendeu o general da reserva Mario Fernandes, que atuou como ministro-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República de Bolsonaro e defendeu, na fatídica reunião ministerial de julho de 2022, “alternativas” antes das eleições.
Fernandes foi preso junto com outros três militares das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, além de um policial federal, por supostamente integrarem a organização criminosa que planejava assassinar autoridades e aplicar um golpe de Estado no Brasil.
Bolsonaro está em todas
Bolsonaro aparece em todas as pontas do caso. Todos os envolvidos na conspiração e plano de assassinato fazem parte de seu núcleo duro.
A expectativa neste momento em todo o país vem ao lado de uma pergunta óbvia e inadiável: o que falta para prender Bolsonaro? O que mais é necessário para que Paulo Gonet, o atual Procurador-Geral da República (PGR), que começa a ser chamado de “enrolador geral da República”, denuncie o ex-presidente?
A morosidade da Justiça faz coro com a condescendência da grande imprensa, que trata o ex-presidente como um personagem cotidiano da política nacional e não como o articulador e líder de uma conspiração golpista e criminosa. O exemplo mais gritante disto foi o artigo assinado por Bolsonaro na Folha com o título “Aceitem a democracia”.
Isso tudo sem contar os crimes anteriores do qual o ex-presidente é acusado, entre eles o caso gritante das joias e sua atuação durante a pandemia da Covid-19.
Prender Bolsonaro é questão de segurança nacional.