O resultado prático da Reforma Trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional em 2017 pode ser observado no número recorde de 40 milhões de trabalhadores jogados na informalidade. Segundo dados da mais recente Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), das 92,6 milhões de pessoas ocupadas, 43%, ou 39,7 milhões, não tinham carteira assinada. Cinicamente, o governo federal vem anunciando uma pequena queda no desemprego no país, que estaria em 11,9%, com a entrada de 1,3 milhão de pessoas no mercado de trabalho. Porém, desse contingente, 601 mil trabalhavam no setor privado sem carteira assinada e outros 585 mil atuavam por conta própria – sendo 236 mil sem registro sequer. Na verdade, houve queda de 328 mil postos de trabalho formais. O governo conta como ‘ocupado’ o trabalhador que vende bananada no ônibus ou cachorro-quente na porta de casa. A maioria dos trabalhadores informais não tem direitos e nem garantias, tais como Seguro-desemprego, Fundo de Garantia, férias ou não contribuem para o INSS, o que torna a aposentadoria mais difícil.

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Após a aprovação da Reforma Trabalhista, as empresas passaram a demitir funcionários para posteriormente subcontratá-los sem carteira ou registro, já que a nova Lei em vigor é menos rígida com relação aos abusos praticados pelos patrões.




Outro dado importante que é fruto da famigerada reforma se vê na diminuição de salários para os trabalhadores com carteira assinada, já que a alta rotatividade do mercado, as vagas precárias e o alto número de informais fazem com que o trabalhador perca seu poder de barganha.

Em suma, a Reforma Trabalhista, apontada como modernizante, nada mais fez do que aumentar o desemprego formal, retirar direitos dos trabalhadores, diminuir salários, precarizar os empregos e aumentar o número de comerciantes ambulantes ou serviços temporários.