Meu pai contava muito história vivida no sertão de Pernambucano e, invariavelmente, começava assim: “Estava eu no pé de um umbuzeiro quando…”
Obrigado Manu Castrum por me levar ao passado de meu pai e me refrescar na sombra e um umbuzeiro juntamente como você, meu amigo (Washington Luiz Araujo).
Por Manu Castrum, “viajandeiro” pelo Nordeste afora, no Facebook
Na rota de Uauá, sertão de Canudos. Sob a sombra do umbuzeiro, salta de imediato a lembrança da esplendorosa prosa de Euclides da Cunha:
“É a arvore sagrada do sertão. Sócia fiel das rápidas horas felizes e longos dias amargos dos vaqueiros. Representa o mais frizante exemplo de adaptação da flora sertaneja…
Se não existisse o umbuseiro aquelle tracto de sertão, tão estéril que nelle escasseiam os carnahubaes tão providencialmente espalhados nos que o convizinham até ao Ceará, estaria despovoado…
Alimenta-o e mitiga-lhe a sede. Abre-lhe o seio acariciador e amigo, onde os ramos recurvos e entrelaçados parecem de propósito feitos para a armação das redes bamboantes…”
in ‘Os Sertões’.
Foto de Alberto Melo Viana.