Por Jorge Furtado em sua rede social –
Esta não foi uma escolha entre dois candidatos, ou dois partidos, ou dois programas de governo. Foi uma escolha entre duas maneiras diferentes de ver o mundo, de se relacionar com as pessoas, de sentir e pensar a vida. Não foi uma escolha política, foi uma escolha moral. A partir de segunda-feira, haja o que houver, precisaremos reconstruir nossa democracia, e o ponto de partida será a união das pessoas que votaram no Haddad no segundo turno.
Nada será esquecido, tudo está escrito, publicado, filmado, gravado. Não esqueceremos dos covardes, dos nulos, dos ausentes, dos falsos, dos hipócritas, dos vendidos, dos que se afundaram no egoísmo, dos que pregaram o ódio, dos que exaltaram a intolerância, a burrice e a mentira.
Mas também não esqueceremos os jovens que encheram as ruas de alegria e nos fazem ter esperança no futuro do país. Dos artistas, que foram para as calçadas, onde o povo está, olhar nos olhos do eleitor, ouvir sua voz. Não esqueceremos daqueles que venceram seus preconceitos, ou esqueceram os justos motivos de sua ira, e pensaram no bem comum, no que era melhor para o Brasil. Não esqueceremos de Fernando Haddad, com sua inteligência, sua calma, sua firmeza, enfrentando a fúria dos fascistas. Não esqueceremos de Manuela, lutando como uma garota, com brilho nos olhos. Não esqueceremos de cada um que, numa mensagem nas redes sociais, numa conversa no almoço de domingo, num texto, numa fala, enobreceram a política.
Nós nos lembraremos, para sempre, de quem estava ao nosso lado na defesa da democracia e da liberdade. Nada será esquecido.