Por Graça Lago, em sua rede social –
Li, agora, a postagem de uma amiga antiga afirmando que resistência só se faz a governos que não são eleitos. De onde ela tirou isso? De que manual de conformismo e submissão?
Como não fazer resistência a um governo que já está em plena ação e prega a privatização da Amazônia? Como não fazer resistência a um governo que anuncia o fim do Ministério do Trabalho? Como não fazer resistência a um governo que defende o embuste da escola “sem partido” e criminaliza os movimentos sociais? Como não fazer resistência a um governo que preconiza a educação à distância e quer privatizar as universidades públicas e quer privatizar a saúde pública e quer armar os endinheirados da população?
Devemos esperar contritos a cerimônia de posse ou talvez os seis ou vinte meses ou quatro anos de gestão, orando e torcendo? Devemos esperar a prisão anunciada pelo primeiro filho (ah, esse menino boquirroto!) de 100 mil militantes para só então reagir? Ou devemos gritar, desde já, denunciar e resistir, talvez até ajudando a evitar uma tragédia maior?
Não somos gado para limitar os gemidos ao momento do abate. Não queremos o abate!