Por Alyne Azuma, no Facebook –
Depois de ter variações da mesma conversa a manhã toda, pensei em algumas coisas:
É curioso como essa coisa de voto útil no Ciro emplacou. Quer votar no Ciro? Vote, mas faça-o com convicção, não me dando explicações que eu não pedi, solicitando aval da esquerda nem cobrando uma reflexão que o seu candidato mesmo nunca fez.
O sujeito tem uns dez pontos de diferença em relação ao segundo lugar. Acho essa conta tão bizarra quanto o “voto útil” no França para governador de SP.
Aliás, votar numa esquerda de fato, sem concessões, é apertar confirma depois que a foto do Guilherme Boulos aparecer, não nos esqueçamos.
Isso posto, para mim não tem apesar dos pesares, não tem dor no coração, não tem firula: Fernando Haddad, além de fazer parte do partido com o qual eu nunca rompi, é o melhor quadro que temos. Sinto muito otimismo em relação a um governo de uma figura tão interessante, tão conectada com o que eu considero as necessidades do país e com uma modernização genuína e ética dos nossos modelos de gestão. Meu voto seria dele com ou sem o endosso do Barba.
Por último, mas não menos importante, optar por aquele outro senhor é algo que cada eleitor dele precisa resolver em análise. Não tem essa de “mas quem presta?”. Ou a pessoa assume que compactua com aquelas atrocidades ou as releva (o que é a mesma coisa nesse caso), ou ainda dá tempo de ler uns planos de governo e votar em alguém que faça um mínimo de sentido.