Publicado em Brasil 247 –
Reportagem publicada nesta semana pela Nature, principal revista de divulgação científica do mundo, mostra o desmonte da ciência brasileira com o mais recente corte feito pelo governo federal, de 44%, anunciado no fim de março; a revista diz que, somando-se a outras “desgraças”, Michel Temer também “demoliu o ministério da Ciência” quando tomou posse em maio de 2016 ao fundi-lo com o ministério das Comunicações; “O novo orçamento é uma bomba atômica contra a ciência brasileira”, comenta o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências; cientistas estão “horrorizados”, destaca a publicação
O gigantesco corte orçamentário de 44% contra a ciência brasileira, anunciado no dia 30 de março pelo governo Michel Temer, já repercute no exterior e deixa horrorizados os cientistas brasileiros.
Reportagem publicada nesta semana pela Nature, principal revista de divulgação científica do mundo, avalia que, somando-se a outras “desgraças” – como o prejuízo que já havia sido registrado no orçamento da área com a crise econômica brasileira –, Temer também “demoliu o ministério da Ciência” quando tomou posse em maio de 2016 ao fundi-lo com o ministério das Comunicações.
“Depois de anos de austeridade, os pesquisadores temem que o último corte dramático destrua a ciência do país”, diz a matéria. O corte deixará o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com seu orçamento mais baixo em pelo menos 12 anos, com apenas R$ 2,8 bilhões, um corte de R$ 2,2 bilhões de reais dos R$ 5 bilhões de reais de financiamento que o governo tinha proposto originalmente para 2017.
“O novo orçamento é uma bomba atômica contra a ciência brasileira”, comenta o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, de acordo com a publicação.
Ele adverte que os cortes prejudicarão a pesquisa e o desenvolvimento nas próximas décadas. “Se estivéssemos em guerra, poderíamos pensar que essa era uma estratégia de uma potência estrangeira para destruir nosso país. Mas em vez disso, somos nós fazendo isso para nós mesmos”, lamenta.