Por Leandro Fortes, Cobra Criada, jornalista, no Facebook
As mesmas pessoas que estão indo às ruas pedir pela prisão em segunda instância são, também, aquelas que descobriram, recentemente, que Evo Morales era um ditador porque ousou ser eleito para um quarto mandato, na Bolívia.
São idiotas que sequer sabiam que eram idiotas até serem convocados, em 2013, a marchar contra “tudo que aí está”. Leia-se: governos populares e políticas sociais voltadas para o pobres.
Essas pessoas nunca tiveram a menor ideia do significado das instâncias condenatórias de um processo judicial até serem iniciadas na liturgia protofascista dos golpes do Judiciário – Honduras, Paraguai e, finalmente, Brasil.
Foram tocadas como gado, histéricas em verde e amarelo, até se transformarem nessa abominação cognitiva, como bem definiu a professora Marilena Chauí, que levam crianças para jogar pedras e tomates em fotos de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Agora, salivam sobre as casas incendiadas e saqueadas pelas milícias que deram suporte ao golpe na Bolívia.
Torcem pelo assassinato de Morales e pela aniquilação dos povos indígenas que o apoiam.
Uma gente doente que comemora a morte da democracia.