O The New York Times compilou evidências indicando que foguetes de Israel atingiram o maior hospital de Gaza durante o conflito entre as forças israelenses e os militantes do Hamas. Os ataques ocorreram entre a 1h e as 10h da sexta-feira (10), resultando em pelo menos quatro ataques com múltiplos projéteis em diferentes seções do Hospital Al-Shifa. O diretor do hospital, Mohammed Abu Salmiya, afirmou que sete pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas.
Por Bianca Carvalho, compartilhado de DCM
Embora o Exército de Israel tenha inicialmente culpado combatentes palestinos não especificados, o The New York Times, ao analisar fotos de fragmentos de armas e vídeos, sugere que pelo menos três dos projéteis eram munições israelenses.
Israel alega que o Hospital Al-Shifa está situado sobre um centro de comando subterrâneo do Hamas, alertando as pessoas a deixarem o local antes de ataques. No entanto, os funcionários do hospital negam a presença do Hamas e relatam que os pacientes estão sofrendo devido à falta de suprimentos. Nesta quarta-feira (15), uma incursão israelense no local localizou apenas 10 fuzis, 1 pistola, nenhum terrorista, túnel ou refém.
A situação levanta questões sobre alegações cruzadas e não resolvidas em relação a ataques a hospitais em conflitos anteriores. A evidência revisada pelo The New York Times sugere uma conexão mais direta com ataques de Israel, embora a intencionalidade dos ataques permaneça incerta. A análise inclui fragmentos de armas, vídeos, metadados e informações de especialistas em armas.
O Exército israelense recusou-se a comentar a evidência apresentada pelo The New York Times, afirmando que suas forças estavam envolvidas em uma batalha intensa contra o Hamas. Os ataques analisados parecem não ter como alvo a infraestrutura subterrânea, atingindo principalmente andares superiores, incluindo a maternidade do hospital.