The New Yorker sobre o ebola: Nenhum país contribuiu tanto quanto Cuba

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Publicado no Portal Vermelho – 

Um artigo publicado na revista estadunidense The New Yorker, reconheceu que Cuba é o país que está em primeiro lugar na imediates por respostas ante as crises internacionais dos últimos anos. O texto, intitulado “Diplomacia cubana ante o ebola”, assinado pelo jornalista Jon Lee Anderson, destaca a enorme contribuição de Cuba na batalha contra o vírus, em comparação com países desenvolvidos como Estados Unidos, Reino Unido e China.




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"Conhecida por suas equipes itinerantes de médicos e enfermeiras, Cuba é uma nação insular de onze milhões de pessoas, com oitenta e três mil médicos, uma das maiores proporções de médicos no mundo", destaca a <i>New Yorker.</i>“Conhecida por suas equipes itinerantes de médicos e enfermeiras, Cuba é uma nação insular de onze milhões de pessoas, com oitenta e três mil médicos, uma das maiores proporções de médicos no mundo”, destaca a New Yorker.

“Todos estes países estão seguindo o exemplo de Cuba”, afirma a revista. “Conhecida por suas equipes itinerantes de médicos e enfermeiras, Cuba é uma nação insular de onze milhões de pessoas, com oitenta e três mil médicos, uma das maiores proporções de médicos no mundo”, destaca a New Yorker.

Anderson afirma em seu artigo que quando as autoridades cubanas solicitaram voluntários para combater o vírus do ebola na África Ocidental, mais de quinze mil profissionais se ofereceram, além de médicos e enfermeiros especializados em cuidados intensivos.

O jornalista recorda que Cuba enviou centenas de médicos ao Paquistão, após um terremoto no ano de 2005, e ao Haiti, depois do catastrófico terremoto de 2010, entre outras emergências internacionais.

Recordou também que há uma estimativa de cinquenta mil médicos cubanos que trabalham em bairros periféricos e zonas rurais em aproximadamente 30 países em vias de desenvolvimento em todo mundo, e cerca de 30 mil profissionais de saúde trabalhando na Venezuela, segundo um acordo bilateral iniciado pelo falecido presidente Hugo Chávez.

A New Yorker destaca também a contribuição econômica destas missões médicas, as quais permitem renovar investimentos em outras áreas sensíveis na ilha como a educação. Faz referência às centenas de milhares de estudantes da África, Ásia, América Latina e Estados Unidos, que se formam na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam).

Para Anderson, “este gesto enorme de Cuba com a África Ocidental não passa desapercebido, e pode abrir caminho para o início da diplomacia do Ebola entre Havana e Washington”.

Ressalta o reconhecimento público do secretário de Estado estadunidense, John Kerry, que elogiou Cuba como uma nação que havia feito um esforço “impressionante” na campanha contra o Ebola, e menciona as recentes palavras elogiosas à missão médica cubana na África, da Embaixadora dos Estados Unidos ante a ONU, Samantha Power.

Sublinha também, o pronunciamento do presidente cubano Raúl Castro quando disse há poucos dias que “Cuba está disposta a trabalhar lado a lado com todos os países, incluindo os Estados Unidos”.

A diplomacia cubana do ebola, segundo o artigo do The New Yorker, segue o roteiro do amistoso aperto de mãos que os presidentes Raúl Castro e Barack Obama trocaram no funeral de Nelson Mandela na África do Sul, em dezembro passado.

“A isto se soma que a Administração Obama suspenda finalmente as restrições que impõe o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, rechaçado por 188 países nas Nações Unidas há alguns dias”, afirma o texto.

Anderson recordou que, durante uma conferência chamada “Cuba em Transição”, que se realizou na Universidade de Columbia em meados de outubro, Greg Craig, um advogado de Washington e ex-conselheiro da Casa Branca, assinalou que o tempo para que Obama se mova em relação a Cuba seria em breve.

Craig afirmou que o momento ideal para isso seria após a metade as eleições nos Estados Unidos, reduzindo ao mínimo qualquer consequência na política interna, e antes da Cimeira das Américas, onde pela primeira vez Raúl Castro e Barack Obama podem estar frente a frente em uma mesa de diálogos.

Em Columbia, Craig afirmou que seu conselho a Obama foi simples: “Just do it” (Simplesmente o faça).

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