Por Celeste Silveira , compartilhado de O Antropofagista –
Quando a força-tarefa da lava jato morava no Jornal Nacional e Moro ainda não tinha rabo preso com o clã Bolsonaro, Bonner era seu colega de linha de passe.
De lá para cá, os heróis vivem, de tropeços em tropeços, obrigando o mesmo Bonner a dar cambalhotas para lidar com a falência dos personagens que foram, durante 5 anos, a própria alma do Jornal Nacional.
A família Lava Jato está encrencada desde a série Vaza Jato divulgada pelo Intercept. Depois disso em mais um emaranhado de picaretagens que deixa os rabos presos dos procuradores e do próprio Moro, cada vez mais longos.
Como a Globo sabe que não se abandona um amigo ferido na estrada, hoje seu papel é de, não de devolver a Lava Jato ao pedestal dos heróis da nação, mas de tirar sobre eles, os holofotes de criminosos por suas falcatruas “legais”, o que tem dado muito trabalho a Bonner, já que crescem as acusações de toda ordem de que a Lava Jato não passa de uma organização criminosa com várias modalidades de crimes, como revelam a PGR, Gilmar Mendes e a parceria entre a Pública e o Intercept numa nova série de crimes de Moro e seus meninos na relação incestuosa entre a Lava Jato e o FBI.
Vivi para ver o JN que sempre enalteceu as ações heroicas da Lava Jato contra a corrupção, agora, ter que usar o mesmo tempo para justificar os crimes de Moro e cia.
É como sintetizou Wadih Damous, ex-deputado federal pelo PT: “A Lava Jato operava com o FBI em território brasileiro. Isso é ilegal. É criminoso. Pisotearam a ordem jurídica e a soberania nacional. Essa turma de Curitiba traiu a pátria. Por essas e outras é que não querem permitir o acesso da PGR a seus arquivos. Eles têm muito a esconder.”
*Carlos Henrique Machado Freitas