Por Luiz Fernando Dudu da Mota Azevedo –
Desejo a todos que a partir desse Natal e em 2015, os grandes meios de comunicação do nosso país tenham respeito por nós e falem de tudo que construímos lindo e bom;
Que venha alguma notícia boa sobre o que fazemos ao contrário do espetáculo de dores, tão sabidas e replicadas até ao desfalecimento.
Desejo que os jornais desistam de tentar nos domesticar, diminuindo a importância do que empreendemos, tirando a visibilidade de tudo que realizamos, aprendemos, ensinamos: parem de apagar a luz que sabem poderosa;
Que as redes de comunicação entre nós espalhem a verdade, entusiasmo, vida e força para tornar humana a existência coletiva e individual.
Desejo que nos informemos das nossas demandas e das enorme possibilidades que temos, nós mesmos, de satisfazê-las ou de encaminharmos sua resolução;
E que o noticiário exiba a satisfação de sabermos que nós, a maioria, somos sim trabalhadores corretíssimos, crianças, velhos, gays, pretos, mulheres, índios;
Desejo que entendamos perfeitamente que somos um e que aceitamos conviver e trocar inteligências, conhecimentos, poesia: calor humano.
Desejo que a grande intriga não nos esmoreça;
Que continuemos, todos, desejantes, porque querer já é ato, de enorme energia transformadora.
Ilustração: desenho de Luiza Ramos Azevedo, em 2011, aos 13 anos