Redação – A presidenta legítima do Brasil, Dilma Rousseff, e a ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, particparam na Casa de Portugal, em São Paulo, da abertura do curso de formação política “Nossa América Nuestra”, da Fundação Perseu Abramo. O evento de abertura, em 09 de dezembro, contou também com a secretária de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores, Monica Valente.
Quem ouviu Dilma Rousseff recordar todos os passos dados contra o seu governo até o golpe pôde comparar e verificar a semelhança dos acontecimentos com os relatados pela ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Se traduzíssemos a fala de Kirchner, bateria perfeitamente como as declarações de Dilma.
As conquistas sociais dos povos pobres dos dois países foram comuns, como acesso a universidade pública, aumento da renda, aumento do número de empregos, acessos a bens de consumo, melhoria da saúde pública.
O modelo empregado pelos donos do capital para, no caso do Brasil darem o golpe e na Argentina desgastarem o governo Kirchner ao ponto de levá-la à derrota nas urnas é igualmente semelhante.
Tanto Dilma como Kirchner falaram dos ataques da mídia, e de outras ações da direita, financiados pelo detentores do capital.
No entanto, as duas políticas mostraram-se otimistas com a união das esquerdas, dos movimentos sociais. Cristina Kirchner disse que “perdemos o presente, mas vamos ganhar o futuro”. Dilma enalteceu a luta dos estudantes do ensino médio, com as ocupações das escolas contra o desmonte da Educação.
De acordo com a Fundação Perseu Abramo, o curso de formação política “Nossa America Nusestra” tem duração de doze meses e integra um conjunto de iniciativas da entidade, desenvolvidas com o objetivo de analisar a história, os dilemas presentes e as possibilidades futuras da América Latina e Caribe.
Foto da capa de Aparecido Araújo Lima.