Publicado no Portal da CONTEE –
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee manifesta seu repúdio às ameaças recebidas pela editora Boitempo por causa do lançamento de livros infantis sobre marxismo pelo selo Boitatá. Os ataques, feitos por meio de telefonemas e mensagens ofensivas pelo Facebook, conforme relato da fundadora e diretora da Boitempo, Ivana Jinkings, são mais uma demonstração do recrudescimento do fascismo que tem desmascarado sua face perversa em diversas esferas da sociedade brasileira.
A censura e o patrulhamento ideológico dos quais a Boitempo é a nova vítima são os mesmos que afetam as artes (haja vista o encerramento prematuro, em setembro, da exposição QueerMuseu: Cartografia da Diferença na América Latina), o pensamento crítico (tendo como exemplo recente a perseguição à filósofa Judith Butler em sua vinda ao Brasil), os movimentos sociais e sindical (criminalizados e alvos de tentativas de desarticulação). É o mesmo fascismo também que se infiltra nas escolas e que tenta amordaçar o magistério.
Nossa luta contra a censura e a mordaça não se restringe às salas de aula. Por isso, a Contee expressa toda sua solidariedade à editora Boitempo.
Brasília, 18 de dezembro de 2017.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee