Por Walter Falceta, jornalista, Facebook –
Pouca gente sabe, e este é um fato oculto pela grande mídia, mas o estádio do Corinthians, em Itaquera, já é palco de ações típicas das piores ditaduras.
O já chamado “DOI-CODI” de Itaquera monitora a torcida, desde as catracas, prende, agride e humilha cidadãos por questões de cunho ideológico.
Há inclusive uma sala nos “porões” do novo estádio onde os corinthianos são vítimas de gravíssimas humilhações.
Neste domingo, o “DOI-CODI” quis dar um exemplo e deteve o trabalhador Rogério Lemes Coelho, que gritou uma palavra de ordem contra o presidente fascista Jair Bolsonaro.
Era jogo contra o Palmeiras, de forma que Rogério se referia ao torcedor mais exposto do clube palestrino.
Conta Rogério:
– Quando senti, o policial já estava me dando um mata-leão. Estou todo dolorido.
Rogério, profissional de vendas, torcedor comum, foi levado posteriormente para o 2° Batalhão De Polícia De Choque, na Luz, onde foi boletim de ocorrência.
Ele afirma ter sido algemado e humilhado pelos policiais. Em fotos, aparece com escoriações nos dedos e nos pulsos.
Os agentes que realizaram a prisão de Lemes afirmaram apenas que estavam atuando para evitar tumultos.
O Coletivo Democracia Corinthiana já registrou vários casos de agressões e prisões políticas em Itaquera, inclusive de estrangeiros durante a Copa América.
Em tempo recente, outras duas mulheres torcedoras passaram pelas mesmas humilhações, uma delas deficiente física.
Todo essa ação vergonhosa e repressiva ocorre sem qualquer protesto do presidente do clube, Andrés Sanchez, que já foi inclusive deputado pelo PT.
O CDC prepara um dossiê sobre as ações na Nova Ditadura em Itaquera.