Por Luís Felipe Miguel –
1) Devolve à Lava Jato o poder absoluto sobre a produção da agenda política.
2) Serve de insígnia da pretensa “imparcialidade” da operação, que atinge a todos sem distinção – como se Temer tivesse, para a direita, uma fração da dimensão que Lula tem para a esquerda.
3) Relembra ao usurpador que ele é um simples instrumento da coalizão golpista e não deve tentar abrir as asinhas.
4) Dada a vulnerabilidade de Rodrigo Maia, a eventual saída de Temer abre caminho para o empossamento de Carmen Lúcia na presidência da República, o que confirmaria de vez a tese de que o Judiciário ocupa, no golpe de 2016, a posição que foi dos militares no golpe de 1964.
5) Com o aumento da instabilidade política, reforça-se a ideia noblatiana de que “não há condições” para a realização de eleições.
6) Com uma “magistrada” no Planalto, um governo extraordinário seria mais fácil de ser vendido como legítimo – e todos poderíamos dormir tranquilos, sob uma ditadura “de tipo romano”.