Compartilhado de Deutsche Welle –
Governo da premiê Jacinda Ardern, no entanto, afirma que não pretende baixar a guarda. País segue com fronteiras sob rígido controle, impondo quarentena para quem chega do exterior.
A Nova Zelândia completou neste domingo (09/08) 100 dias sem registrar contágios domésticos por coronavírus. No entanto, as autoridades do país continuam a advertir que baixar a guarda está fora de questão.
No momento, o país vem acompanhando 23 casos de pessoas com covid-19. Todos esses casos envolvem pessoas que vieram do exterior e foram diagnosticadas ao chegar ao país. Elas seguem em quarentena.
“Conseguir 100 dias sem transmissão na população é um passo importante, contudo, como todos sabemos, não nos podemos dar ao luxo de qualquer negligência”, disse o diretor de Saúde do país, Ashley Bloomfield.
“Temos visto no exterior quão rápido o vírus pode reaparecer e propagar-se em lugares onde anteriormente estava sob controle, e temos de estar preparados para rapidamente frear quaisquer novos casos no futuro na Nova Zelândia”, acrescentou.
A Nova Zelândia, com uma população de cinco milhões de habitantes, teve 1.219 casos confirmados de coronavírus desde fevereiro, com o último diagnóstico local identificado em 1° de maio. Ao todo, 22 pessoas morreram no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a reação do país de exemplar por “eliminar com sucesso a transmissão na população”.
No início da pandemia, a Nova Zelândia fechou suas fronteiras e impôs uma quarentena estrita de um mês de duração logo após o início do surto. O primeiro caso no país foi detectado em 28 de fevereiro de 2020.
As medidas mostraram resultado. Em maio, pela primeira vez, a Nova Zelândia já não registrava novos casos locais de coronavírus. No início de junho, a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, removeu todas as medidas restritivas impostas no país após o último paciente com covid-19 no país receber alta.
Por outro lado, as fronteiras da Nova Zelândia são agora estritamente controladas, e qualquer pessoa que entre no país está sujeita a uma quarentena de 14 dias.
No caso de uma segunda onda, o governo solicitou que todos os núcleos familiares guardassem kits de abastecimento de emergência, incluindo máscaras.
JPS/lusa/rtr