Por Hélida Scarpim, via Maria Luiza Quaresma Tonelli –
“Funciona assim: se todo mundo pode, inclusive a pobretaiada, a tchurma classe média alta não quer. Querem exemplos?! Pois bem: consumir carne . Quando pobre consumia carne uma ou duas vezes por semana (com sorte) a classe média alta se dedicava com afinco pantagruelico a banquetes com muita picanha.
Agora que a carne é relativamente acessível aos proletários virou bem chic ser vegano e comer alpiste orgânico.
Vacinas: qdo o calendário vacinal dos postos de saúde era restrito a poucas vacinas lá ia a dondoca de classe média alta vacinar a prole em clínicas particulares. Agora o calendário vacinal é amplo. Vacinar nas clínicas particulares não basta. Vamos , contra toda a argumentação de renomados virologistas, imunologistas etc inventar que vacinas não são uma boa. Phoda-se o risco de grandes epidemias. O importante é ser chic o suficiente para mesmo tendo o conhecimento científico de uma ameba entrar no modismo de não vacinar. Afinal o filho da empregada toma vacinas. Não pega bem o Juninho ser tão comum q pode tomar tb.
Evolucionismo: agora até o motorista de ônibus já ouviu falar de Darwin e sua teoria da evolução das espécies. O conceito se popularizou entre a plebe rude. O que vamos fazer??!! Vamos inventar uma bobagem com nome glamouroso (design inteligente) e desacreditar essa legião de antropólogos e arqueólogos.
O bacana é ser diferentão. E por aí vai. Meu saco pra essas palhaçadas é mínimo.”