João Ximenes Braga. Via Graça Lago –
“Em Belo Horizonte, um engenheiro ousou contestar a violência de um policial contra um morador de rua, levou porrada com cassetetes e chutes, mais spray de pimenta. Também lá, um cantor de bloco foi visitado por um oficial da PM antes do desfile – antes! – para avisar que não poderia falar de política (leia-se criticar Bozo).
Em São Paulo, dois blocos foram interrompidos por brigas e a polícia nem apareceu.
No Rio, PMs e agentes da prefeitura se juntaram para prender um ambulante com violência e o levaram embora num furgão particular com placas cobertas (!!!!).
Em Campo Grande, Porto Alegre e Joinville, foliões foram dispersados com bombas de gás.
Isso tudo enquanto, no Ceará, o motim bolsonarista da PM deixava mais de cem mortos.
Quem diria, hein? Quem diria que depois de um ano de governo de um homem ligado a milícias, que empodera o guardinha da esquina, estimula a violência e o ódio todo o tempo, teríamos um carnaval tão violento? Quem diria!
Vão se acostumando para quando começarem os protestos.”