Marcos Tuci, que era dono do revólver calibre 38 usado pelo filho para matar uma menina de 17 anos e ferir outras duas, disse o que pensa sobre o tema agora
POR HENRIQUE RODRIGUES, COMPARTILHADO DE REVISTA FÓRUM
Após uma trégua de poucas semanas o Brasil viveu novamente a tragédia dos ataques sangrentos a unidades de ensino no país. Desta vez a ocorrência foi na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Zona Leste de São Paulo, na manhã de segunda-feira (23), quando um jovem de 17 anos deixou uma estudante morta, de 17, e outras duas meninas. O autor dos disparos foi detido. Ele usou a arma legalmente registrada de seu pai.
Num depoimento gravado e divulgado pelo portal Metrópoles, o pai do assassino, identificado como Marcos Tuci, de 51 anos, falou sobre o que pensa agora em relação a ter uma arma de fogo em casa. Diferentemente do que se imagina, seu discurso não foi na linha dos reacionários que normalmente tem fetiche por esses objetos. Ele ponderou que nunca precisou dela, que a comprou em razão do serviço que tinha quando era bem jovem, e desaconselhou tal aquisição.
“Não, eu não teria. E aconselho a pessoa que tenha em casa a entregar nessas campanhas de desarmamento, porque eu tive arma 29 anos e nunca precisei usar pra me defender e causou essa tragédia na minha vida aí… E a tragédia pior que foi a perda de uma vida humana, dessa garota acho que é de 17 anos, né? Acho que é 17, é isso, né? Na época eu tinha um serviço de risco e como eu era mais novo, aí eu acabei adquirindo, achando que era uma proteção, mas… Outros funcionários usavam, né…”, disse o pai do adolescente que atirou nas colegas na escola da Zona Leste paulistana.
