Por Miguel do Rosário, O Cafezinho –
Hoje todos os golpistas se reúnem.
As primeiras imagens que chegam mostram que a coisa vai ser tão feia como sempre. As fotos nesse post são todas de hoje.
“Pena de morte!”, “Minha esperança está nos militares de direita!”, “Intervenção militar já!”, “Chega de Paulo Freire!”.
Os Bolsonaros, pai e filho, são seus grandes líderes.
Qualquer manifestante que apareça com alguma bandeira genuinamente popular, como a luta pela moradia, é imediatamente agredido, xingado e expulso.
Ódio, palavrões, desrespeito, truculência.
Parece que abriram os portões de algum hospício infernal.
Integralistas, militaristas, neo-nazistas, privatistas.
O exército de zumbis criado pela mídia.
Além de um bocado de inocentes, marchando confusamente ao lado daquelas bestas-feras.
Será um dia de histeria midiática, excitada com a possibilidade de repetir o que fizeram ao final de março de 1964, quando a imprensa, agindo igualzinho hoje, convocou manifestações que tomaram conta de São Paulo e Rio de Janeiro.
A direita botou milhões de pessoas na rua naquele fatídico março.
Muita gente foi iludida, enganada.
O grande Sobral Pinto estava lá, nas manifestações golpistas de março de 1964.
Ulisses Guimarães também.
Alberto Dines.
Depois, todos esses perceberam o erro que cometeram.
Não é assim que funciona a democracia.
Não se pode eleger um presidente e depois, só porque não se gosta dele, exigir-lhe a saída.
Não gosta da Dilma?
Façam reuniões políticas, unam-se a partidos, e trabalhem para elegerem mais pessoas de seu partido em 2016, quando haverá eleições municipais, e em 2018, quanto teremos novas eleições para presidente da república.
Esperemos, porém, que as marchas de hoje sirvam ao menos para acordar o governo de sua apatia política.
O governo precisa recuperar a iniciativa.
Precisa reconhecer que tem adversários na mídia, e apontá-los publicamente, esclarecendo a população.
Encerro o post com uma canção de Jorge Benjor (dica de uma colega de twitter), para relaxar neste domingo sombrio, cheio de reverberações de um passado que achávamos morto e enterrado.
Não está morto, nem enterrado. Sobretudo porque os que patrocinaram as marchas de março de 1964, são os mesmos que as patrocinam agora.