Por Washington Luiz de Araújo, jornalista, Bem blogado
“A comédia humana me diverte e não canso nunca de olhar o espetáculo da vida. Nos momentos de folga, saio á cata de tipos. Passeio pelo meio destes seres humanos com a sensação de que me encontro num estranho museu vivo ou num mercado de almas.
Atiro o meu anzol, com o ar mais casual deste mundo e espero. Os peixes, porém, não mordem a isca e muitas vezes volto para meus amigos com a cara decepcionada de quem tirou de dentro d`água apenas um sapato velho.
Paciência é virtude que nunca tive. Jogo longe o caniço e anzol, volto-me para o meu lago interior e começo a pescar doces memórias.” (Érico Veríssimo no personagem Vasco Bruno, livro “Saga”, sobre a guerra civil na Espanha).
Utilizo a “fala” acima para agradecer aos amigos e amigas pelos cumprimentos em razão do meu aniversário, no dia 03 de maio.
Digo sempre que sou uma pessoa de sorte. Tenho uma família e amizades maravilhosas, uma companheira carinhosa, atenciosa e amorosa (haja rima).
Nestas mais de seis décadas de vida, procurei a cultivar algo que nunca tive, paciência e esta meta se acentuou depois dos 60.
Amigos e família maravilhosa é o melhor que tenho. Pode saber que não estou à altura deles, me considero um homem de sorte e continuarei a jogar o anzol sempre a procura de almas boas que me façam uma pessoa melhor neste museu vivo de doces memórias.