Por Carlos Eduardo Alves, Facebook –
Conhecemos as atrocidades sociais que o governo Temer já cometeu e quer mais, muito mais. Sabemos também da falta de compostura de uma quadrilha que se apossou do Poder. Pode ser personificada nas malas dos 51 milhões que passaram pelas mãos ligeiras de Geddel. Tudo trágico demais. Falemos aqui, porém, do traço doentio que ganhou voz na articulação de rua do golpe parlamentar.
Se algum dia teve um mínimo de, o fascismo brasileiro perdeu totalmente o recato. Sabe aquele bobalhão que falava suas besteiras no boteco e ninguém ouvia pela absoluta insanidade do emissor? Pois é. Ganhou campo, encontrou sócios doentes como ele ou que agem como negociantes do delírio e da picaretagem para obter dinheiro, caso do MBL.
A agressão à filósofa americana por uma reincidente fascista é um ponto. Mas a coisa é mais grave. O Brasil de Temer tornou-se, ao lado da Rússia, o país mais atrasado, entre os grandes, em matéria de Direitos Humanos. e os fascistas e primitivos, doentes mentais ideológicos, estão surfando. Mais do que impunes, fazendo a festa, cuidando como bedéis da sexualidade alheia, dizendo o que podemos ou não ler, fazer, assistir.
No campo “moral”, até dois anos seria impensável que imbecis interditassem exposições, tumultuassem debates e bradassem sua ogrice com a falta de recato que exibem hoje. Queima de livros, é óbvio, é um dos próximos capítulos dessa cruzada primitiva.
Como ponto sequencial lógico da saga da ignorância, religiosos atrasados aprovam em comissão na Câmara um retrocesso dantesco que proíbe o aborto até para mulheres vítimas de estupro. Querem legislar até em cima da dor de uma monstruosidade. Ou o Brasil medianamente civilizado reage ou inaugura a Inquisição no século 21
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