Maria Fernanda Arruda pelo Facebook –
A TV anunciou lacônica a carta de Dilma, o que é coerente com o seu despudor: é a forma de negar a sua importância. Dilma escreveu, ótimo! Dirigiu a carta formalmente aos senadores e a nós. De fato, a nós, pois que ela sabe muito bem do banditismo que deforma as feições dos Senadores da República.
Para nós, ela conta o que vê: o GOLPE. Aos senadores ela dirige a acusação, a mesma que é feita pelo povo e é feita pela Sociedade das Nações.
Dilma não tenta uma manobra política, pois sabe que a sentença está lavrada, restando apenas a indignidade de sua leitura. Ótimo que mencione a consulta ao povo, na forma de plebiscito, sabedora de que, ao mostrar o seu desprendimento, na disposição de abrir mão de parte do que o povo lhe deu, aponta para a mesquinharia que marca os senadores da República. Renan Calheiros, no seu analfabetismo jurídico, afirma a impossibilidade constitucional daquilo que ele (e tb todos os outros) não admitirá nunca: ‘renunciar ao poder? Ficar exposto às iras de Sérgio Mouro despido de suas garantias?’
Certos de uma vitória de Pirro, os golpistas serão engolidos pelos suas próprios egos e vaidades, pela fome insaciável de dinheiro e de poder.
Com a sua carta, dirigindo-se ao seu povo, Dilma Rousseff prepara-se para ser a voz de milhões de brasileiros. Sofreremos todos as insânias desses celerados. Mas o fascismo será devorado por si mesmo. Vamos à luta, às ruas e às praças. O Congresso Nacional é uma excrescência e o STF está podre.
Hasta.
Hasta.
Foto: Lula Marques/AGPT