Adailton Medeiros pelo Facebook –
O Ministério da Cultura do Brasil foi criado em 15 de março de 1985 pelo decreto nº 91.144, no governo de José Sarney. Cinco anos depois foi extinto pelo governo Collor, transformado em Secretaria da Cultura, vinculada à Presidência da República. no governo do presidente Itamar Franco, essa situação foi revertida. No governo Fernando Henrique Cardoso sua estrutura foi reorganizada segundo a lei nº 9.649 , de 1998.
Em 2003, no primeiro governo Lula, o Ministério foi reestruturado e ao Ministro ficou subordinada uma Secretaria Executiva com três diretorias (Gestão Estratégica, Gestão Interna e Relações Internacionais), seis Representações Regionais (nos estados de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) e seis Secretarias: Fomento e Incentivo à Cultura, Políticas Culturais, Cidadania Cultural, Audiovisual, Identidade e Diversidade Cultural e Articulação Institucional.
Neste período tínhamos à frente do Ministério um dos artistas brasileiros mais respeitados mundialmente, o Cantor e compositor Gilberto Gil. Nossos fazeres, nossos modos de vida, tradições e criatividades passaram a ganhar notoriedade e vender uma outra imagem do Brasil. Influenciávamos outros países com nossos Ponto de Cultura ao mesmo tempo em que formávamos uma grande teia nacional, comunicando o País de ponta a ponta com novas experiências e antigas práticas, lado a lado, com a mesma importância. Que avanço.
Pela primeira vez a cultura iniciava uma caminhada para a centralidade das decisões. Uma lógica natural: desenvolvimento passa, necessariamente, pela cultura. Mas… Caímos mais uma vez na tentação de crescer para dividir ou diminuir os ingredientes para economizar. Passamos uma borracha em todo o avanço social e humanitário para dar ver e voto a essa entidade poderosíssima, porém altamente viciada, chamada mercado.
Esse governo Temer anunciou previamente o fim do Ministério da Cultura. Sinalizou, com isso, ao que veio. O único animal capaz de produzir cultura é o homem e administrar esse potencial é muito difícil e complicado. Melhor optar pelo mercado e inverter todo o processo, ou seja, deixar que a criatura administre o criador.
