O inferno em Paraisópolis

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Por Silvana Cajé, no Facebook – 

Segundo o comandante da polícia militar desse estado de SP, dois sujeitos em fuga usaram o público do baile funk como escudo humano, obstruindo o trabalho dos policiais. Ele justificou assim a ação.

Segundo o ouvidor da polícia, a operação, a princípio foi desastrosa, não podia ter continuado no ambiente do baile. E o baile acontece há mais de 10 anos, configurando um dos poucos momentos de lazer de Paraisópolis. É genocídio.




Morreram 9 jovens de 14 a 20 anos. No IML aqui ao lado a última família ainda está reconhecendo o corpo de seu filho amado.

Meu filho tem 14 anos. No caminho da escola passa em frente ao IML que é ao lado do Hospital das Clínicas. Ele reclama que acha o clima estranho por ali, não se sente bem.

Que desgraça o Brasil. Que difícil criar uma pessoa nesse ambiente. Por isso temos de ler Conceição Evaristo, ela narra uma história parecida na BH dos anos de 1950. Ela compara a favela à senzala.

Talvez os capitães do mato não matassem tanto quanto os pms o fazem porque afinal o escravizado tinha valor monetário, enquanto esses jovens não tem nenhum. Política de morte é o que vivemos. Guerra civil há séculos.

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