Por Roberto Numeriano –
Quem quiser conferir como é tosco e ridículo o pequeno juiz, basta ver (e suportar) o seu esforço em tentar falar inglês para os seus patrões, numa palestra nos Estados Unidos.
Não vou me ater ao beócio com seu inglês “the book on the table”, mas analisar o que (para mim) explica todo o preconceito e ódio de classe contra Lula, sobretudo dos tipos fascistinhas, criados com bifinhos da Nestlê. Já fiz palestra para público estrangeiro. E esse público não se importa nem um pouco se você faz uso de tradução simultânea. Se você não domina o idioma e fica a gaguejar numa língua estrangeira, fique certo que neste ponto ninguém mais estará prestando atenção no eventual conteúdo de sua exposição. Eles, com vergonha alheia, serão, no máximo, condescendentes com o seu ridículo. É típico de gente de classe média com complexo de inferioridade ou vira-latice tentar simular algo que não é. Para esse tipo de gente, falar inglês é índice de inteligência superior, cosmopolitismo e refinamento social. (Aliás, o pequeno juiz fala em “colheita” de prova, em vez de “coleta”, e “Câmera dos Deputados”, em vez de “Câmara”). Se tiver sido essa a intenção, o inglês do pequeno juiz de fala frouxa é um fiasco que revela o oposto. A vaidade doentia sempre trai os tolos de espírito. O pequeno juiz é um desses tolos que imagina impressionar os incautos com o simulacro de sua gagueira em inglês.
Recife/PE, 17/04/2018.