O judeu e o árabe

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Por José Maschio, jornalista, do Facebook – 

A morte, que lamentamos como toda morte, do ex-governador Jaime Lerner suscita lembranças. E algumas até anedóticas, como o caso do “sorteio” dos trechos de rodovias para as concessionárias que retalharam o Paraná. No mais lucrativo pedágio da história dos pedágios. Mas a história que considero mais emblemática da gestão Lerner foi sua relação com o doleiro Alberto Youssef. Aquele das remessas ilegais para o exterior. A ligação de Lerner e Youssef lembra aquelas piadas sobre árabes e judeus.

Youssef e Lerner tinham um acordo. Acordo relatado pelo próprio Alberto Youssef. O doleiro fazia remessas ilegais para o exterior e participava de negociatas para o grupo lernista. A mais célebre foi aquela que ficou conhecida como os “títulos podres” da Olvepar, comprados pela Copel (a cia de energia paranaense).
Um negócio tão lucrativo que beneficiou todo o staff lernista (o depoimento sobre isso, assinado por Youssef em delação premiada, tenho cópia como relíquia dos tempos de jornalismo investigativo).
Todo esse envolvimento de Youssef com o staff lernista tinha um objetivo: o doleiro Albertinho Youssef sonhava em ter um banco.
O banco dos sonhos de Youssef tinha um dono: o governo do Paraná. Aí o judeu Lerner e árabe Youssef acordaram um esquema. O Banco Del Paraná, braço paraguaio do Banestado, o banco estadual paranaense, seria de Youssef.
Mas o árabe foi “enganado” pelo judeu. E o Banco Del Paraná evaporou-se assim como o Banestado, entregue ao gigante Itaú. Albertinho, ainda vivo para confirmar ou negar a história, ficou revoltado.
E foi aí que decidiu aceitar a delação premiada para contar os escândalos das remessas ilegais para fora do país.

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