Por Pablo Villaça, no Facebook, compartilhado de Pensar Piauí –
Como a imprensa esconde os feitos dos governos de esquerda
Hoje, a Folha de São Paulo publicou a seguinte manchete nas redes sociais:
“Década colocou os negros na faculdade, e não (só) para fazer faxina”
Pois os anos cujas estatísticas e políticas de inclusão servem de base à matéria foram aqueles nos quais o Brasil foi governado pela esquerda, o que expõe a velha tática da mídia corporativa para demonizá-la: usar a linguagem para associar elementos negativos aos progressistas e esconder os positivos (e qualquer pecado dos conservadores). Por isso havia o “mensalão petista”, mas o original, dos tucanos, era “mensalão MINEIRO”. Do mesmo modo, lembro claramente de uma chamada no UOL que dizia que “médico do filho de Lula é preso por (blábláblá)”.
Depois de anos e anos vendo chamadas negativas deste tipo, é quase impossível impedir que uma conotação sombria ancore na percepção de muitos, mesmo construída artificialmente. É a diferença das capas de Veja que traziam Lula e Dilma em preto-e-branco, nas sombras, e Aécio e Serra coloridos e sorridentes sob luzes intensas. A imagem martela a mensagem; não é preciso nem escrever nada (embora eles também escrevessem para completar o serviço sujo). Ou, para citar mais um exemplo, aponto a manchete que a Folha publicou quando Haddad tinha poucos meses de eleito e que dizia “Funcionário da prefeitura cobrava propina (etc, etc, etc)”. O que ela não revelava era que o tal funcionário era da prefeitura anterior, de Kassab, não da de Haddad.
E por mais que a mídia corporativa agora denuncie o monstro que ajudou a criar na figura de Bolsonaro, suas velhas estratégias persistem: a inclusão de minorias em faculdades e a melhora de vida é responsabilidade da “Década”, não do governo que as possibilitou.
Linguagem é tudo. E muitos jornalistas a usam como arma para defender os interesses dos patrões.
Pois de minha parte afirmo que Década foi o melhor presidente que esse país já teve, sem dúvida alguma. Não foi à toa que Década chegou ao fim do mandato com mais de 80% de aprovação, embora a mídia corporativa tenha se esforçado muito, nos anos seguintes, para tentar reescrever a História.
Sou fã de Década.