Não me canso de ser surpreendida pela família do ex-presidente do Brasil, codinome “familícia”.
Por Adriana do Amaral, compartilhado de seu Blog
Após ser desvelado o escândalo da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência – paralela, fiquei estupefata com as “notícias fresquinhas” recebidas na manhã de segunda-feira (29) de que um dos filhos, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro (Republicanos), continuava tendo acesso às informações que deveriam ser restritas à inteligência (só que não), um ano após o patriarca ter se recusado a passar a faixa presidencial para o seu sucessor, presidente Lula, eleito democraticamente.
Que poder é este que se mantém mesmo após Jair ter se tornado inelegível?
Depois de um longo silêncio, o clã voltou a tona, ou melhor, ao ambiente virtual, para falar aos seguidores.
Na super-live – ah, esta mania de se americanizar- mostrou a que veio: usou a camisa de Israel.
Israel, aliás que está no centro do debate: não apenas pela prática genocida em forma de guerra, mas porque a empresa responsável pela investigação ilegal, e que dá acesso às informações (que deveriam ter direcionamento restrito ao filho número 2 e sabe-se quem mais.
Como tem público e eleitores e patriotários para tudo, o bate-papo reuniu mais de 470 mil pessoas online, apesar de no início e final serem em torno de 50 mil.
Mesmo assim muita audiência para um domingo a noite…
Agência nem tão inteligente assim
Saber que 30 mil brasileiros estavam sendo monitorados e rastreados por uma empresa de Israel, paga com dinheiro público, é demais para mim.
Assim como é demais para mim saber que tem militar encaroçando este angu.
Durante os quatro anos de poder do pai, filho, filho, filho e filho, seriam os militares o espírito santo dessa seita com fins lucrativos?
Tememos tanto o golpe militar, mas parece-me que os “milicos” sempre estiveram lá, ocupando o poder real, nem tanto nas sombras assim.
Teria sido Bolsonaro um mero instrumento?
A ganância de poder tomou conta do ex-presidente, ou o ex-presidente foi apenas uma estratégia militar?
Há muito a ser esclarecido.
Queríamos, os que não votaram no negacionismo e no obscurantismo, que a apuração da real dimensão do caos que assolou o Brasil durante quatro anos (sem falar no período Temer e campanha eleitoral) fosse mais rápido, mas, talvez, a morosidade também tenha sido calculada estrateficamente para não gerar o espírito de revanchismo.
Imagino quanto informação foi vazada, usada em benefício próprio, foi utilizada para gerar a tal “arte da guerra” do vale tudo.
Quem vai pagar pelos processos e prejuízos?
Ansiosa pelas cenas dos próximos capítulos, sinceramente espero que caiam todos: juízes, políticos, militares, empresários e toda a parentada envolvida.
Aqui e em Israel.
#semanistia #foigolpe