Por Mario Marona, jornalista, Facebook
Ninguém mais do que o Papa se preocupa com liturgia do cargo – e, no caso, ainda que pareça, não é trocadilho.
No entanto, mesmo que tenha tomado os cuidados que a isenção impõe, Francisco deixou claro, para quem quiser ler de boa-fé (outro trocadilho?), que não está se dirigindo a Lula apenas pessoalmente, mas estende a sua solidária piedade ao preso político, quando o aconselha a resistir.
Alguns exemplos:
“sua avaliação sobre o contexto sócio-político brasileiro me será de grande utilidade”.
“a responsabilidade política constitui um desafio para todos aqueles que recebem o mandato de servir ao seu País, de proteger as pessoas que habitam nele e de trabalhar para criar as condições de um futuro digno e justo”.
“a política pode tornar-se uma forma eminente de caridade, se for implementada no respeito fundamental pela vida, liberdade e dignidade das pessoas”
“Graças a ele [Jesus], podemos passar da escuridão para luz, das escravidões desse mundo para liberdade da terra prometida”
“no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e salvação vencerá a condenação”
“quero lhe manifestar a minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar”