Por Célia Araújo, para o nosso blog –
Há pouco tempo, precisei ir para o sertão de Pernambuco visitar meus pais que estavam doentes. Alastrou-se por lá, na pequena e singela cidade do Inajá, uma espécie de Dengue mais aguda, que as pessoas passaram a chamar de “chicugunha”. Até poucos anos atrás quem precisava de consulta médica tinha que viajar cerca de 2 horas até a cidade de Arcoverde no agreste de Pernambuco, para ser atendido e tratado, pois só lá havia hospitais equipados e médicos disponíveis. Mas hoje, com O Mais Médicos, a situação mudou e mudou para melhor.
O hospital existente na cidade do Inajá, que era chamado só pelo nome de maternidade, porque era destinado a atender as parturientes, funcionava de quando em vez como pronto socorro local. Quem ia para lá tinha 80% de chance de ser levado, claramente dependendo da gravidade do caso, de ambulância para Arcoverde.
Meus pais, por terem pego esta doença chegaram a ficar internados no hospital local, o que antes não era possível. Depois da alta, por serem idosos, precisaram retornar várias vezes ao mesmo hospital, para tomar injeções, medir a pressão, pegarem receitas. Todas às vezes pude presenciar, sim, uma grande fila de pessoas para serem atendidas, pois a tal da “chicugunha” alastrou-se pela cidade inteira.
Mas as pessoas eram atendidas rapidamente, “aqui a fila anda”, diziam alguns e somos muito bem atendidos. Fiquei curiosa pra saber de como se deu esta mudança de, digamos: 180º graus e para minha surpresa me disseram que era devido ao Programa Mais Médicos.
“Antigamente, nenhum médico queria vir trabalhar aqui. Hoje, temos médicos todos os dias cubanos, africanos e até mesmo pernambucanos. Ninguém mais fica sem atendido e nem precisa mais se deslocar pra outra cidade pra passar por consulta”, relatou-me um rapaz, empolgado.
É, minha gente, o progresso chegou à lugares distantes do nosso Brasil, a contra gosto de alguns, é claro, mas chegou. Até luz, água encanada e internet pudemos encontrar nos sítios mais distantes.
O Lula fez muito pelo povo nordestino, mas sem a Dilma, teríamos parado no meio do caminho ou até andado pra trás.