Por: Adriana do Amaral, jornalista
Vou confessar uma coisa: eu adoro votar. Sinto-me importante e, ao mesmo tempo, responsável pelo futuro da sociedade. O meu voto sempre é muito pensado e este ano a escolha é ao mesmo tempo fácil e difícil.
Para o executivo não não há dúvidas: voto na democracia, na erradicação do ódio, na promoção do trabalhador, na equidade. Mas, precisamos de legisladores comprometidos com o povo que vive no Brasil.
Há tantos bons candidatos, mas o outro lado da balança está desequilibrada com o peso da história política recente e histórica. A herança familiar continua forte na política nacional assim como o valor econômico, que perpetua acumulação e o poder.
O filho de alguém, a neta de outro alguém é mensagem de campanha eleitoral. Na na propaganda gratuita não há tempo para os candidatos sequer mostrarem as suas propostas.
Na mídia hegemônica falta espaço para o debate e nas sociais os algoritmos nos sitiam. Presencialmente e nas paredes alguns nomes e rostos aparecem há cada dois ou quatro anos, apenas para lembrar que o voto na eleição passada seria o endosso para a reeleição, escondendo a lacuna do tempo sem comprometimento.
Nunca gostei daquela máxima: eu avisei. Por isso, voto consciente, acreditando no meu compromisso de eleitora.
Faltam vinte dias. Tempo suficiente para nos prepararmos para votar bem. Revertendendo as eleições ao nosso favor.