Por Giselle Inácia Lula da Silva, no Facebook –
Acampamento Lula Livre: O que vi em Curitiba Gente da melhor espécie. gente fraterna, solidária, amável, risonha, muito organizada. Cheguei à vigília, dia 11, na sexta, lá por volta das 12 horas.
Pouca gente, os acampamentos já não estão mais lá. Então, só havia as tendas do MST, onde você pode deixar as doações – como alimentos, material de limpeza e higiene -, das mídias alternativas, e mais uma que dá suporte para oos vigilantes, pessoas do MST, CUT e outros sindicatos, que são os verdadeiros guerreiros desta história toda!!
A vigília está um quarteirão abaixo da entrada da PF. Há fitas isolando a passagem, mas, como não sabíamos, eu e a Maria Zuleica Barbantti Galhardo subimos pelo lado que só passa morador, demos bom dia aos policias e perguntei onde tava “meu povo”, no que ele gentilmente me disse: “Desce aqui e vira à esquerda!”. Eu ri e respondi: “Sempre!!”. Recebi um sorriso de volta!
Bom, a sexta foi tranquila, ficamos lá até às 21 horas, e voltamos para o hotel, bem alimentadas porque podemos almoçar e jantar de graça na cozinha de São Bernardo, que é a tal casa em que a moradora abriu para o pessoal da vigília e que fica em frente à casa da democracia, outro ponto d apoio, principalmente pra turma das mídias alternativas. Voltamos no sábado por volta das 11 horas, porém perdemos Herson Capri, ele já havia ido… Pena, né, o homi continua lindúú!! (rs)
Tudo tranquilo durante o dia, maaaas, à noite, tem uma maluca casada com um doido, que mora exatamente entre o quarteirão da vigília e das casas d apoio, e sai, acompanhada d seu digníssimo esposo, à rua com vuvuzelas gritando, berrando que “não aguenta mais o barulho” (rs). Além de ficar nos provocando…
Dica: se você é dos esquentadinhos tipo eu não vá ou aprenda a se controlar: a orientação é clara par todos que estão no front: “Não aceitem provocação!!”. Digo a vocês que é um bom laboratório pra quem tá a fim de aprender ter sangue frio…
Sábado à tarde fomos até o acampamento Marisa Letícia, onde aquele rapaz levou um tiro. Ele, o acampamento, está a uns dois quilômetros da vigília, e, por nossa felicidade e sorte, conhecemos um doutor em Direito Constitucional, professor da Universidade Federal da Paraíba, que estava acampado junto aos demais. Tivemos uma aula sobre tudo que vem acontecendo e pode acontecer e, acreditem, ele nos disse que estamos ganhando a guerra! “LULA preso ganha eleição!”.
Ficamos por lá por volta de uma hora, foi bem legal ter ido ver como eles estão acampados, num terreno alugado sem qualquer infra. O banho é nas casas de apoio e, no máximo, deve durar cinco minutos. Enquanto estivemos lá, um carro passou com um homem xingando, depois uma moto acelerou várias vezes em frente e, pasmem, um outro carro passa e uma criança, de no máximo uns 12 anos, se põe a xingar…
No sábado à noite, o tal casal de doidos e mais alguns vizinhos começaram seu protesto barulhento por silêncio mas não chegaram a atrapalhar. O que, me parece, foi diferente de ontem à noite, quando muitos vizinhos em volta resolveram se juntar ao casal barulhento que quer silêncio.
Porém, viemos embora no domingo de manhã e não presenciamos a confusão de ontem. Para terminar, digo a todos que vale a experiência e quem puder se juntar à vigília, nem q seja um fim de semana, um dia, algumas horas, que assim o faça!
Os vigilantes ficam no máximo por 10 dias e vão se revezando com outros companheiros que vão chegando, mas é preciso que nós, que temos conforto em casa, Internet sempre à disposição, nos juntemos a eles e resistamos à este arbítrio que é a prisão de LULA!!
A luta segue…
#LulaLivre #Lula2018 #LulaPresidente
PS: Toda a minha admiração pela Claudia Mortari Schmidt, que faz militância virtual de forma primorosa e tá lá, todo dia, contribuindo do jeito que lhe é possível com a vigília!
Claudia, queridona, um beijo no seu coração!
