Por Cid Benjamin*, via Juca Kfouri –
A bolsonarização da diretoria do Flamengo teve, pelo menos, duas consequências nocivas para o time mais popular do País.
1) Angariou uma profunda antipatia para o clube. Hoje, quase todo mundo que não é Flamengo é contra o Flamengo;
2) Fez com que idiotices ditas por Bolsonaro fossem encampadas como verdades pelos seus dirigentes. Dentre elas, as palavras de menosprezo à pandemia, tratada como uma “gripezinha”, apesar de já ter causado quase 140 mil mortes.
O Flamengo esteve na linha de frente da defesa de uma volta das atividades esportivas sem um mínimo de condições sanitarias.
Por coincidência ou não, é o time que mais sofre com atletas doentes. São 14 jogadores, os médicos, o presidente e o diretor de futebol doentes.
Seria uma boa lição se não fosse atendido o pedido de adiamento da partida contra o Palmeiras, marcada para domingo.
O Flamengo que ponha em campo um time qualquer e sofra as consequências disso no plano esportivo.
Se os pontos perdidos fizerem falta mais adiante, seria um bom castigo para o puxa-saquismo ao psicopata que ocupa a Presidência.
PS – Como me disse um amigo em um ZAP privado: “O bolsonarismo é um estilo de vida. O negacionismo em relação à Covid é parte desse estilo”.
PS 2 – A diretoria do Flamengo continua defendendo a volta do público aos estádios? Caso continue, estaremos diante de um atentado à saúde pública.
*Cid Benjamin é jornalista, vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e muuuuuito rubro-negro.